|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ACESSÓRIOS
De 211 assentos checados em São Paulo, Recife e Curitiba, pela ONG Criança Segura, no ano passado, só 1 estava colocado adequadamente
Nem a melhor cadeirinha resiste à má instalação
FREE-LANCE PARA A FOLHA
As cadeirinhas de carro para
crianças devem ser certificadas
conforme normas brasileiras
(no caso das nacionais), americanas ou européias e precisam estar
corretamente instaladas.
É bom a mãe ficar atenta ao selo
de certificação do padrão de segurança. O Brasil possui a NBR
14.400. O problema é que essa
norma não é compulsória, ficando a critério de cada fabricante a
adequação ou não do produto.
"Segurança não é luxo, não pode ser voluntária", diz o engenheiro Mariano Bacellar Netto, diretor
do IBQ, órgão que assina o selo de
qualidade das cadeirinhas junto
com o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial). Segundo
ele, só 40% dos produtos existentes no mercado hoje têm o selo.
O local mais seguro do carro é a
parte do meio do banco de trás.
Mas a criança não deve ficar solta.
O mercado tem vários acessórios,
de bebês-conforto a cadeirinhas e
boosters (assento para a criança
que é grande para a cadeirinha,
mas não tem altura para o cinto).
Encontrar a cadeira correta, porém, pode ser confuso. É importante usar a que seja apropriada
ao tamanho e ao peso da criança e
que se adapte ao veículo. As nacionais custam a partir de R$ 220.
As importadas chegam a R$ 2.121.
Vistoria gratuita
A ONG Criança Segura sugere
que os pais peçam para experimentar a cadeirinha no carro antes de comprar e que leiam com
atenção o manual do produto.
Para reforçar os cuidados, a
ONG dá várias dicas no site
www.criancasegura.org.br. Se
restar dúvidas, o consumidor pode levar seu carro e a cadeirinha
para uma vistoria gratuita da
equipe da Criança Segura (tel. 0/
xx/11/3371-2381).
No final de 2002, uma campanha coordenada pela ONG levou
motoristas para uma vistoria nas
cadeirinhas de seus filhos. Quase
100% haviam cometido erros na
instalação dos equipamentos.
Desde setembro passado, o Departamento Americano de Transportes exige que todo assento infantil de segurança seja fabricado
com encaixes para fixá-lo nos
bancos, o Latch (Ancoragem Inferior e Alças para Crianças).
O sistema de retenção foi projetado para funcionar independentemente dos cintos de segurança
do veículo, simplificando a instalação das cadeirinhas infantis e
reduzindo seu uso inadequado.
No Brasil
As montadoras já vinham sendo obrigadas, desde 2000, a instalar alças na parte superior dos
bancos e argolas de ancoragem na
parte inferior, no espaço entre o
assento e o encosto, em pelo menos duas posições do banco traseiro. As novas cadeirinhas se encaixam ao sistema como chaves.
No Brasil, uma versão do Latch
começa a surgir. A Volkswagen
adotou um sistema internacional
de fixação, o Isofix. Os carros com
o sistema disponíveis no país
-Polo hatch e sedã, New Beetle,
Audi A5, Passat e Golf- têm dois
pares de ganchos no chassi, no
encontro entre o assento e o encosto do banco de trás.
Só é necessário fixá-las com o
cinto de três pontos na parte superior. A vantagem é que o equipamento fica muito mais firme.
A desvantagem é o preço
(US$ 596, ou R$ 2.121, na cotação
do dia 27), pois a cadeirinha é importada. O Isofix também aparece
no Fiat Stilo, na Citroën Xsara Picasso e no Renault Laguna.
Texto Anterior: Saiba como identificar problemas Próximo Texto: Produtos: Garimpagem revela novidades Índice
|