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São Paulo, sábado, 08 de março de 2003

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De 211 assentos checados em São Paulo, Recife e Curitiba, pela ONG Criança Segura, no ano passado, só 1 estava colocado adequadamente

Nem a melhor cadeirinha resiste à má instalação

FREE-LANCE PARA A FOLHA

As cadeirinhas de carro para crianças devem ser certificadas conforme normas brasileiras (no caso das nacionais), americanas ou européias e precisam estar corretamente instaladas.
É bom a mãe ficar atenta ao selo de certificação do padrão de segurança. O Brasil possui a NBR 14.400. O problema é que essa norma não é compulsória, ficando a critério de cada fabricante a adequação ou não do produto.
"Segurança não é luxo, não pode ser voluntária", diz o engenheiro Mariano Bacellar Netto, diretor do IBQ, órgão que assina o selo de qualidade das cadeirinhas junto com o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). Segundo ele, só 40% dos produtos existentes no mercado hoje têm o selo.
O local mais seguro do carro é a parte do meio do banco de trás. Mas a criança não deve ficar solta. O mercado tem vários acessórios, de bebês-conforto a cadeirinhas e boosters (assento para a criança que é grande para a cadeirinha, mas não tem altura para o cinto).
Encontrar a cadeira correta, porém, pode ser confuso. É importante usar a que seja apropriada ao tamanho e ao peso da criança e que se adapte ao veículo. As nacionais custam a partir de R$ 220. As importadas chegam a R$ 2.121.

Vistoria gratuita
A ONG Criança Segura sugere que os pais peçam para experimentar a cadeirinha no carro antes de comprar e que leiam com atenção o manual do produto.
Para reforçar os cuidados, a ONG dá várias dicas no site www.criancasegura.org.br. Se restar dúvidas, o consumidor pode levar seu carro e a cadeirinha para uma vistoria gratuita da equipe da Criança Segura (tel. 0/ xx/11/3371-2381).
No final de 2002, uma campanha coordenada pela ONG levou motoristas para uma vistoria nas cadeirinhas de seus filhos. Quase 100% haviam cometido erros na instalação dos equipamentos.
Desde setembro passado, o Departamento Americano de Transportes exige que todo assento infantil de segurança seja fabricado com encaixes para fixá-lo nos bancos, o Latch (Ancoragem Inferior e Alças para Crianças).
O sistema de retenção foi projetado para funcionar independentemente dos cintos de segurança do veículo, simplificando a instalação das cadeirinhas infantis e reduzindo seu uso inadequado.

No Brasil
As montadoras já vinham sendo obrigadas, desde 2000, a instalar alças na parte superior dos bancos e argolas de ancoragem na parte inferior, no espaço entre o assento e o encosto, em pelo menos duas posições do banco traseiro. As novas cadeirinhas se encaixam ao sistema como chaves.
No Brasil, uma versão do Latch começa a surgir. A Volkswagen adotou um sistema internacional de fixação, o Isofix. Os carros com o sistema disponíveis no país -Polo hatch e sedã, New Beetle, Audi A5, Passat e Golf- têm dois pares de ganchos no chassi, no encontro entre o assento e o encosto do banco de trás.
Só é necessário fixá-las com o cinto de três pontos na parte superior. A vantagem é que o equipamento fica muito mais firme.
A desvantagem é o preço (US$ 596, ou R$ 2.121, na cotação do dia 27), pois a cadeirinha é importada. O Isofix também aparece no Fiat Stilo, na Citroën Xsara Picasso e no Renault Laguna.


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