|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Altitude provoca 'doping natural'
DA REPORTAGEM LOCAL
O corpo, "sem ar", tenta aumentar a ventilação. O rim produz eritropoietina (EPO), o número de hemácias cresce, e elas
transportam mais oxigênio dos
pulmões para os músculos.
Grosso modo, é isso o que
acontece no corpo de uma pessoa em altitudes elevadas. Se
ela for um atleta, as mudanças
podem significar também uma
melhora de performance.
É por isso que desde os anos
40 competidores vão a regiões
montanhosas à procura de falta de ar para ganhar fôlego.
"É bom para os que trabalham com resistência, como
em atletismo, natação e ciclismo. Pode ser usado também
para melhorar o desempenho
em outros esportes, como em
um time de futebol que vai
atuar na altitude", comenta Ricardo D'Angelo, treinador de
Vanderlei Cordeiro de Lima.
O método, porém, é controverso. Já esteve na berlinda. A
administração de eritropoietina é doping e leva à suspensão.
Além disso, estudos dizem que
a altitude pode prejudicar a
ação ao nível do mar. Por causa
da hipóxia (pouco oxigênio),
atletas diminuem a intensidade do treino na altitude e podem perder condicionamento.
Acostumado com a altitude,
Vanderlei Cordeiro precisa de
apenas cinco dias de adaptação. No primeiro, corre só 40
minutos, em ritmo mais lento.
A carga é aumentada a cada dia.
Geralmente, atletas vão em
busca da altitude no pico de
treinos. Outros, no início da
temporada de alta intensidade,
para preparar o corpo para se
recuperar melhor do esforço.
Texto Anterior: Seleção dirigida Próximo Texto: Atletas buscam fórmula antilesão Índice
|