São Paulo, sexta-feira, 09 de agosto de 2002

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REGULAMENTO

TABELA SEGUE LINHA DE 2001


Clubes foram divididos em dois grupos de 13 para tentar propiciar jogos decisivos entre rivais no final


Assim como aconteceu no ano passado, o engenheiro mecânico Horácio Wendel, 51, foi o criador da tabela do Nacional. E assim como em 2001, dividiu os times informalmente em dois grupos.
No primeiro, estão os 13 que chama de grandes. São eles: Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Lusa, Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Inter.
No segundo, estão os que chama de "times de médio porte, só para não ofender ninguém". São eles: Atlético-PR, Bahia, Coritiba, Juventude, Figueirense, Goiás, Guarani, Paraná, Vitória, Gama, Paysandu, São Caetano e Ponte Preta.
"No ano passado foi a mesma coisa, só que eram 28 times, então coloquei 14 de um lado, 14 de outro", afirmou o engenheiro, que mora em Joinville (SC), por telefone.
Como agora serão 26 e não 28 times, Wendel acabou ""rebaixando" o São Caetano, o que provocou a irritação de Nairo Ferreira de Souza, o presidente do clube do ABC. "Não entendo bem qual foi o critério. Bem ou mal, fomos vice no último Brasileiro e vice na Libertadores. Fizemos mais do que a maioria dos que ele considera grandes", reclamou. "Só se for porque vice para o torcedor brasileiro é a mesma coisa do que ser o último colocado."
Com algumas exceções, especialmente na primeira rodada, Wendel montou a tabela de forma que, na metade inicial da primeira fase, os times mais fortes jogam, predominantemente, contra os "de porte médio". Nas últimas rodadas, ocorre o contrário. Os mais fortes jogam entre si, enquanto os mais fracos começam se enfrentando e só nas últimas rodadas pegam os tidos como "favoritos".
Para a CBF, a proposta do engenheiro agrada porque, pelo menos em tese, os jogos mais importantes ficam para o final.
"É essa a minha idéia. Os times considerados mais fortes podem começar vencendo e somando pontos e, quando se encontram na reta final, os jogos se tornam decisivos e emocionantes. Em tese, com os de médio porte é o contrário. A luta, no final, é entre eles, em confrontos diretos, com todos tentando evitar o rebaixamento."
Mas, como frisa Wendel, "teoria é uma coisa, prática é outra". Ele diz que o Flamengo reclamou muito do que ocorreu no ano passado, quando o time não se saiu bem nos primeiros jogos e teve que se afastar do rebaixamento nas últimas rodadas, justamente quando as partidas eram contra adversários teoricamente mais difíceis.
Para o ano que vem, quando a idéia da Globo e do Ministério do Esporte é esticar o Brasileiro, realizando-o em turno e returno com pontos corridos, o sistema deve ser parecido. Os times mais fortes pegariam os mais fracos nas primeiras rodadas e, nas finais, jogariam entre si.
Isso, claro, se as federações estaduais não conseguirem rebater a proposta de alongar o Brasileiro, o que estão tentando fazer desde o mês passado.
Em relação ao ano passado, quando o Nacional tinha dois times a mais, havia uma diferença na fórmula de disputa. A partir da segunda fase, quando se classificam os oito melhores e tem início o mata-mata, os jogos serão no sistema ida e volta.
Em 2001, não era assim. Nas quartas-de-final, por exemplo, só houve um jogo, no campo do time que teve melhor campanha na fase inicial. Como a forma de disputa do mata-mata gerou muita reclamação no ano passado, foi alterada para este ano.



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