São Paulo, domingo, 10 de julho de 2011

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Após 26 anos, rodovia é ainda a única ligação com SP

Desde inauguração, nenhum projeto de trem para Cumbica saiu do papel; de mudança, só está prevista uma 3ª faixa na estrada

RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO

Tal qual na manhã chuvosa de 20 janeiro de 1985, quando um Boeing 747-200 da Varig inaugurou Cumbica, a rodovia continua a ser a única ligação entre o aeroporto e São Paulo.
Desde então, projetos dos governos federal e do Estado tentaram implantar linhas de trem a partir de Cumbica.
Nenhum saiu do papel.
O mais recente é o trem-bala entre Campinas e Rio de Janeiro, cujo plano prevê uma parada no aeroporto.
Mencionado desde a década de 1980, o trem-bala está à espera do terceiro leilão em busca de interessados. As principais empreiteiras brasileiras têm dúvidas sobre a viabilidade do negócio; o custo bate nos R$ 55 bilhões.
Em razão do impasse, o projeto, primeiro previsto para antes da Copa-2014, não tem mais prazo de operação.
A segunda alternativa, também objeto de estudo durante as últimas décadas, é ligação pela rede da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Ela, no entanto, está condicionada ao fracasso do trem-bala. A avaliação do governo do Estado é que a demanda torna os dois projetos concorrentes -o da CPTM depende igualmente da iniciativa privada.
"Essas ligações ferroviárias para aeroportos são problemáticas no mundo todo, por não serem rentáveis. Em alguns lugares, como Londres e Nova York, já tinha rede de metrô, havia dinheiro e os governos financiaram", disse o engenheiro Jaime Waisman, professor da USP.
Por ora, as máquinas que revolvem a terra no acesso à rodovia Helio Smidt são o único sinal de mudança no entorno do aeroporto. A concessionária Ecopistas constrói uma terceira faixa para aliviar o trânsito, que chega a 4 km e contribui para o percurso entre SP e Cumbica superar uma hora e meia.


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