São Paulo, sábado, 10 de dezembro de 2005

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ESTATÍSTICA

Brasileiros buscam recordes individuais e coletivos na Copa

DO ENVIADO A LEIPZIG

O Brasil levará na bagagem para a Alemanha uma lista de recordes para bater na Copa. Marcas coletivas e individuais têm boas chances de serem quebradas, já que o país é favorito.
No caso de triunfo, o recorde de títulos já será naturalmente ampliado -o país teria o dobro de conquistas que Alemanha e Itália, os maiores perseguidores.
Já na estréia a história deverá estar sendo escrita. O Brasil venceu os últimos sete jogos que fez em Copas. Uma oitava vitória seria uma marca única -a seleção de 70 venceu todas, mas na estréia em 1974 o time empatou.
A Itália conseguiu sete vitórias seguidas entre 1934 e 1938, mas perdeu no seu debute em 1950.
Faltam nove gols para o Brasil alcançar 200 tentos em Copas. Seria o primeiro país a fazê-lo.
O técnico Carlos Alberto Parreira tem vários motivos para se animar. Apesar de gozar de respeito internacional e freqüentar comitês técnicos da Fifa, ele não está no site especial da entidade para a Copa como um dos ""treinadores históricos" do Mundial. Isso pode muito bem mudar.
São dez nomes listados, e o primeiro é o do italiano Vittorio Pozzo. Ele é até hoje o único técnico que venceu duas Copas (1934 e 38), feito que Parreira (campeão em 1994) pode igualar. O treinador do tetra ainda pode figurar como o segundo com mais jogos em Copas. Ele soma 15 partidas, cinco a menos que Zagallo e dez a menos que o alemão Helmut Schön, o recordista. Indo à semifinal, Parreira chega a 22 jogos, ultrapassa quatro técnicos que não estão na ativa (um deles é Zagallo) e passa a ser o primeiro brasileiro da lista.
Se já é o único tetra de fato, Zagallo passaria a ser o único pentacampeão, individualmente.
Dentro de campo, as marcas mais significativas ficam nos pés e nas mãos de Cafu e Ronaldo. Se o lateral-direito pode ser o primeiro a erguer duas vezes a taça, o segundo tem boas chances de ser o maior artilheiro das Copas (basta fazer dois gols para igualar o alemão Gerd Müller).
Ambos foram campeões em 1994 e em 2002. Podem ser tricampeões mundiais, algo que só Pelé ostenta até hoje no futebol.
Cafu já é recordista em finais disputadas (três, consecutivas). Poderia estender sua marca.
Já Ronaldo pode entrar no seleto rol dos que anotaram gols em duas finais -Vavá balançou as redes nas decisões de 1958 e 62, Pelé deixou sua marca nas de 1958 e 1970, e o alemão Breitner conferiu nas de 1974 e 1982.
Em número de Copas, Cafu e Ronaldo ficariam só atrás do mexicano Carbajal e do alemão Mathäus, que atuaram em cinco Mundiais. (RODRIGO BUENO)


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