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ESTATÍSTICA
Brasileiros buscam recordes individuais e coletivos na Copa
DO ENVIADO A LEIPZIG
O Brasil levará na bagagem
para a Alemanha uma lista de
recordes para bater na Copa.
Marcas coletivas e individuais
têm boas chances de serem quebradas, já que o país é favorito.
No caso de triunfo, o recorde
de títulos já será naturalmente
ampliado -o país teria o dobro
de conquistas que Alemanha e
Itália, os maiores perseguidores.
Já na estréia a história deverá
estar sendo escrita. O Brasil venceu os últimos sete jogos que fez
em Copas. Uma oitava vitória
seria uma marca única -a seleção de 70 venceu todas, mas na
estréia em 1974 o time empatou.
A Itália conseguiu sete vitórias
seguidas entre 1934 e 1938, mas
perdeu no seu debute em 1950.
Faltam nove gols para o Brasil
alcançar 200 tentos em Copas.
Seria o primeiro país a fazê-lo.
O técnico Carlos Alberto Parreira tem vários motivos para se
animar. Apesar de gozar de respeito internacional e freqüentar
comitês técnicos da Fifa, ele não
está no site especial da entidade
para a Copa como um dos ""treinadores históricos" do Mundial.
Isso pode muito bem mudar.
São dez nomes listados, e o
primeiro é o do italiano Vittorio
Pozzo. Ele é até hoje o único técnico que venceu duas Copas
(1934 e 38), feito que Parreira
(campeão em 1994) pode igualar. O treinador do tetra ainda
pode figurar como o segundo
com mais jogos em Copas. Ele
soma 15 partidas, cinco a menos
que Zagallo e dez a menos que o
alemão Helmut Schön, o recordista. Indo à semifinal, Parreira
chega a 22 jogos, ultrapassa quatro técnicos que não estão na ativa (um deles é Zagallo) e passa a
ser o primeiro brasileiro da lista.
Se já é o único tetra de fato, Zagallo passaria a ser o único pentacampeão, individualmente.
Dentro de campo, as marcas
mais significativas ficam nos pés
e nas mãos de Cafu e Ronaldo.
Se o lateral-direito pode ser o
primeiro a erguer duas vezes a
taça, o segundo tem boas chances de ser o maior artilheiro das
Copas (basta fazer dois gols para
igualar o alemão Gerd Müller).
Ambos foram campeões em
1994 e em 2002. Podem ser tricampeões mundiais, algo que só
Pelé ostenta até hoje no futebol.
Cafu já é recordista em finais
disputadas (três, consecutivas).
Poderia estender sua marca.
Já Ronaldo pode entrar no seleto rol dos que anotaram gols
em duas finais -Vavá balançou
as redes nas decisões de 1958 e
62, Pelé deixou sua marca nas de
1958 e 1970, e o alemão Breitner
conferiu nas de 1974 e 1982.
Em número de Copas, Cafu e
Ronaldo ficariam só atrás do
mexicano Carbajal e do alemão
Mathäus, que atuaram em cinco
Mundiais.
(RODRIGO BUENO)
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