São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2008

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FGV-SP

Jovens buscam cursos de direito e de administração

Programas da escola atraem desde advogados até formados em ciências exatas

Rafael Hupsel/Folha Imagem
Bruno em seu escritório, em São Paulo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Advogados que atuam em empresas e instituições financeiras sentam lado a lado com administradores, contadores e médicos na pós em direito empresarial do GVLaw, da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas.
Apesar de não ter MBA no nome, o curso adota o formato e aborda de modo amplo temas relativos ao trabalho do advogado nas empresas. Por isso é procurado principalmente por profissionais jovens, com cinco anos de experiência, em média.
"Quem está há mais tempo no mercado e já tem foco procura programas específicos", diz Leandro Pereira, coordenador-executivo do GVLaw.
A advogada Daniele Festa, 26, aluna do segundo semestre, atua com direito contencioso há cinco anos e recentemente passou a coordenar uma equipe. "Quando estava me encaminhando para essa função, comecei a lidar com temas que não conhecia muito", diz.
O curso começa com uma disciplina obrigatória generalista, chamada Elementos de Direito Empresarial, que aborda temas como direito societário, direito bancário e mercado de capitais e direito administrativo-econômico.
A partir daí, o aluno decide quais serão os módulos que vai acompanhar, em uma lista de 60 matérias optativas.
Há disciplinas mais teóricas, como Direito e Conjuntura, que procura compensar deficiências da graduação com bibliografia volumosa e fazer o aluno pensar criticamente sobre a evolução dos cenários político, econômico e jurídico.
Outras são mais técnicas, como Contratos Empresariais, em que os alunos analisam e criticam cláusulas de contratos reais, projetadas em uma tela. "Recorremos largamente a simulações, discussão de casos e outros recursos de interatividade", afirma Pereira.

Perfil administrativo
Para quem busca bagagem em gestão, a FGV-SP tem o Ceag (Curso de Especialização em Administração para Graduados), que também tem caráter de MBA, apesar de não levar a sigla no nome. "A idéia é dar visão geral de administração", explica José Ernesto Gonçalves, coordenador do curso.
Mas, para quem é graduado em administração, o curso pode ser repetitivo, diz Bruno Scartozzoni, 27. Formado em administração pública na FGV-SP, ingressou no Ceag em 2004.
"Como ex-aluno, fiz menos créditos, mas foi um pouco redundante. Valem o networking e o ganho para o currículo."
A grade tem disciplinas instrumentais (com conhecimentos mínimos de matemática financeira e computação), obrigatórias, como contabilidade e Novos Modelos de Empresas, e eletivas (como Mercados Financeiros e Banking).
Há ainda matérias que podem ser feitas virtualmente e a opção de um módulo no exterior (há convênio com 80 instituições estrangeiras).
No fim, os alunos participam de uma simulação de negócios, por meio de um software criado pela instituição, em que são divididos em grupos e recebem uma empresa fictícia. Ganha quem chegar ao fim das jogadas com a maior rentabilidade. (ECL)


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