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FGV-SP
Jovens buscam cursos de direito e de administração
Programas da escola atraem desde advogados até formados
em ciências exatas
Rafael Hupsel/Folha Imagem
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Bruno em seu escritório, em São Paulo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Advogados que atuam em
empresas e instituições financeiras sentam lado a lado com
administradores, contadores e
médicos na pós em direito empresarial do GVLaw, da Escola
de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas.
Apesar de não ter MBA no
nome, o curso adota o formato
e aborda de modo amplo temas
relativos ao trabalho do advogado nas empresas. Por isso é
procurado principalmente por
profissionais jovens, com cinco
anos de experiência, em média.
"Quem está há mais tempo
no mercado e já tem foco procura programas específicos",
diz Leandro Pereira, coordenador-executivo do GVLaw.
A advogada Daniele Festa,
26, aluna do segundo semestre,
atua com direito contencioso
há cinco anos e recentemente
passou a coordenar uma equipe. "Quando estava me encaminhando para essa função, comecei a lidar com temas que
não conhecia muito", diz.
O curso começa com uma
disciplina obrigatória generalista, chamada Elementos de
Direito Empresarial, que aborda temas como direito societário, direito bancário e mercado
de capitais e direito administrativo-econômico.
A partir daí, o aluno decide
quais serão os módulos que vai
acompanhar, em uma lista de
60 matérias optativas.
Há disciplinas mais teóricas,
como Direito e Conjuntura,
que procura compensar deficiências da graduação com bibliografia volumosa e fazer o
aluno pensar criticamente sobre a evolução dos cenários político, econômico e jurídico.
Outras são mais técnicas, como Contratos Empresariais,
em que os alunos analisam e
criticam cláusulas de contratos
reais, projetadas em uma tela.
"Recorremos largamente a simulações, discussão de casos e
outros recursos de interatividade", afirma Pereira.
Perfil administrativo
Para quem busca bagagem
em gestão, a FGV-SP tem o
Ceag (Curso de Especialização
em Administração para Graduados), que também tem caráter de MBA, apesar de não levar a sigla no nome. "A idéia é
dar visão geral de administração", explica José Ernesto Gonçalves, coordenador do curso.
Mas, para quem é graduado
em administração, o curso pode ser repetitivo, diz Bruno
Scartozzoni, 27. Formado em
administração pública na FGV-SP, ingressou no Ceag em 2004.
"Como ex-aluno, fiz menos
créditos, mas foi um pouco redundante. Valem o networking
e o ganho para o currículo."
A grade tem disciplinas instrumentais (com conhecimentos mínimos de matemática financeira e computação), obrigatórias, como contabilidade e
Novos Modelos de Empresas, e
eletivas (como Mercados Financeiros e Banking).
Há ainda matérias que podem ser feitas virtualmente e a
opção de um módulo no exterior (há convênio com 80 instituições estrangeiras).
No fim, os alunos participam
de uma simulação de negócios,
por meio de um software criado
pela instituição, em que são divididos em grupos e recebem
uma empresa fictícia. Ganha
quem chegar ao fim das jogadas
com a maior rentabilidade.
(ECL)
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