São Paulo, Sábado, 13 de Março de 1999
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PARTO ÀS ESCURAS

Mães dão à luz durante o blecaute com gerador

da Reportagem Local

Dividindo ontem o mesmo quarto de hospital, a secretária Salete Dalva Martins Duarte, 29, e a escriturária Eliane Barbosa da Silva, 27, deram à luz anteontem dois meninos, exatamente durante o blecaute.
Salete já estava na sala de cirurgia, passando por uma cesárea, quando a luz se apagou. "Eu não vi nada, mas meu marido, que me acompanhava na sala de parto, disse que o médico fechou os olhos, respirou fundo e se concentrou, até que, poucos segundos depois, o gerador começou a funcionar e ele retomou a cirurgia", conta.
Detalhe: seu parto estava marcado para as 20h, ela havia chegado ao hospital às 17h, mas o médico se atrasou por conta da chuva, do trânsito, de um acidente no caminho e de mais um parto, anterior ao de Salete. Seu primeiro filho, Gustavo, nasceu às 23h05.
"Mas não cheguei a ficar nervosa. Quando me vi no escuro, falei: "Justo agora, meu Deus!". Então, tentei me acalmar, não sou supersticiosa com essas coisas, achei que ia acabar bem e que o Gustavo nasceria bem, como aconteceu", diz Salete.
Eliane chegou ao hospital e aguardava o elevador no momento em que as luzes se apagaram. Como o bebê de Salete -e de outras cinco mães na maternidade Santa Joana-, seu bebê, Leonardo, nasceu com a ajuda dos geradores.
"Minha cesárea já estava programada, entrei na sala às 23h, e o parto acabou à meia-noite. Apesar de trabalhar dentro de um hospital e já ter presenciado falta de luz e uso de geradores antes, nunca imaginei ter um filho nessa situação", diz.


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