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São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 2003

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AMAZÔNIA

LEGIÃO ESTRANGEIRA DE TURISTAS "INVADE" OS HOTÉIS NA FLORESTA

Brasileiro corre risco de extinção

Fernando Araújo/Folha Imagem
Filhote de jacaré toma sol sobre vitória-régia, planta que tem em média 40 cm de diâmetro


PATRÍCIA TRUDES DA VEIGA
ENVIADA ESPECIAL À AMAZÔNIA

De avião, jipe ou canoa, a imensidão da Amazônia (6 milhões de quilômetros quadrados, duas vezes a Índia) é o que mais impressiona. Está certo que a maior porção de floresta tropical que ainda resta no planeta atrai mais os estrangeiros, mas os poucos brasileiros que se aventuram nessa viagem ecológica sempre voltam.
Manaus, a maior cidade da região, só acessada por água ou ar, é o ponto de partida para incursões mata adentro. A base escolhida pela Folha foi o resort Tropical (perfeito para quem viaja com filhos na bagagem), à beira do rio Negro, que, ao unir-se com o rio Solimões, forma o impressionante rio Amazonas, com 6.515 km.
Às margens dele, em Iranduba (34 km por terra), encontramos com Saruê, 58, guia da pousada Amazônia. Depois de um autêntico "off-road" num acesso pouco usado (o oficial é fluvial), iniciou-se um programa que deveria ser obrigatório para famílias com crianças: uma aula in loco de ciências e geografia.
Ágil no leme, serpenteando pelos igarapés, ele foi ensinando por que a Amazônia é um paraíso de superlativos: na maior bacia hidrográfica do mundo, vive, exemplificou, o maior peixe de águas doces, o pirarucu (chega a medir 3 m e a pesar 200 kg), e a segun- da maior serpente, a sucuri, popularizada no filme "Anaconda".
Ainda a bordo de um pequeno barco a motor, Saruê mostrou um pouco da fauna (anfíbios, aves, insetos, mamíferos, peixes, répteis) e da flora (bromélia, cupuaçu, jatobá, orquídea, urucum, tucumã, vitória-régia). Antes de ir embora, araras-vermelhas e macacos de cheiro protagonizaram, no carro, cenas típicas do Simba Safári.
Bem cedo, já estávamos a bordo rumo ao maior hotel de selva do mundo, o Ariaú Amazon Towers (310 quartos). Em duas horas, ele surgiu no meio da floresta, sobre palafitas (são nada menos que 8 km de passarelas). Mesmo com o estresse de vigiar uma criança de três anos, passamos a noite na luxuosa Casa do Tarzan, construída ao nível da copa das árvores.
Nas refeições, mais uma descoberta didática: o Ariaú é a melhor aula de conversação de idiomas: 95% dos hóspedes não falam português. Nos passeios, de barco, helicóptero ou a pé, eles atestam que o oceanógrafo Jacques Cousteau estava certo: a guerra deste milênio não seria nuclear, mas sim pela preservação ambiental.

ONDE FICAR -
Ariaú Amazon Towers:
www.internext.com.br/ariau/;
Pousada Amazônia:
www.pousadaamazonia.com.br/;
Tropical Hotel:
www.tropicalhotel.com.br/



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