|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MULTINACIONAIS
Crise abre espaço para brasileiro
Empresa estrangeira valoriza funcionários por bom desempenho em turbulência econômica
Profissionais técnicos e de gestão passam a figurar na lista dos que são enviados para atuar em filiais no exterior
DE SÃO PAULO
Depois da crise, as empresas multinacionais não só
voltaram a abrir seleções para enviar profissionais ao exterior como estão de olho no
mercado brasileiro, que se
destacou nesse período.
Para os que pretendem trabalhar em outros países pela
empresa, consultorias de RH
avisam que condições e suporte da expatriação foram
revisados durante a crise.
A ideia é que o funcionário
mantenha, no exterior, o
mesmo nível de vida e de salário que tinha no país de origem, sem vantagens.
As multinacionais ainda
ambicionam ser globais e
promover intercâmbio de
profissionais. A diferença é
que agora o plano se estende
aos que atuam nos setores
técnicos e de gestão, e não
apenas aos do comercial.
Outra mudança é que a expatriação não acontece apenas em longos períodos.
"Tem aumentado a transferência de curto prazo -de
seis meses a um ano- para
desenvolver um projeto específico", afirma Renata Herrera, consultora da Mercer.
Como resultado do bom
desempenho do país no período de turbulência, filiais
estrangeiras veem os brasileiros com bons olhos.
"Eles demonstraram que
criatividade, atitude e energia não são somente um documento de intenções", afirma Wagner Brunini, vice-presidente de RH da Basf para a América do Sul.
REPATRIAÇÃO
Sem grandes avanços na
produção em outros países e
com perspectiva de turbulência no mercado europeu
-devido à crise econômica
grega-, empresas repatriam
funcionários experientes e
trazem estrangeiros para entender a realidade brasileira.
"Há muito interesse em vir
para cá", aponta Sara Behmer, diretora-executiva da
consultoria Voyer International do Brasil, que destaca a
transferência de sedes da
América Latina para o país.
"Nós abrimos mais oportunidades do que outras filiais", declara Victor Matheus, gerente-geral de RH
da LG Electronics Brasil, que
atualmente tem 73 estrangeiros em sua equipe.
(CC)
Texto Anterior: Apoio da empresa: Geógrafo ganha tempo para estudar Próximo Texto: Trainee: Iniciante já trabalha com equipe global Índice
|