São Paulo, domingo, 13 de junho de 2010

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MULTINACIONAIS

Crise abre espaço para brasileiro

Empresa estrangeira valoriza funcionários por bom desempenho em turbulência econômica

Profissionais técnicos e de gestão passam a figurar na lista dos que são enviados para atuar em filiais no exterior

DE SÃO PAULO

Depois da crise, as empresas multinacionais não só voltaram a abrir seleções para enviar profissionais ao exterior como estão de olho no mercado brasileiro, que se destacou nesse período.
Para os que pretendem trabalhar em outros países pela empresa, consultorias de RH avisam que condições e suporte da expatriação foram revisados durante a crise.
A ideia é que o funcionário mantenha, no exterior, o mesmo nível de vida e de salário que tinha no país de origem, sem vantagens.
As multinacionais ainda ambicionam ser globais e promover intercâmbio de profissionais. A diferença é que agora o plano se estende aos que atuam nos setores técnicos e de gestão, e não apenas aos do comercial.
Outra mudança é que a expatriação não acontece apenas em longos períodos. "Tem aumentado a transferência de curto prazo -de seis meses a um ano- para desenvolver um projeto específico", afirma Renata Herrera, consultora da Mercer.
Como resultado do bom desempenho do país no período de turbulência, filiais estrangeiras veem os brasileiros com bons olhos.
"Eles demonstraram que criatividade, atitude e energia não são somente um documento de intenções", afirma Wagner Brunini, vice-presidente de RH da Basf para a América do Sul.

REPATRIAÇÃO
Sem grandes avanços na produção em outros países e com perspectiva de turbulência no mercado europeu -devido à crise econômica grega-, empresas repatriam funcionários experientes e trazem estrangeiros para entender a realidade brasileira.
"Há muito interesse em vir para cá", aponta Sara Behmer, diretora-executiva da consultoria Voyer International do Brasil, que destaca a transferência de sedes da América Latina para o país.
"Nós abrimos mais oportunidades do que outras filiais", declara Victor Matheus, gerente-geral de RH da LG Electronics Brasil, que atualmente tem 73 estrangeiros em sua equipe. (CC)


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