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Piloto avisou torre de controle e
passageiros teriam tentado reagir
DA REDAÇÃO
O piloto do vôo 11 da American
Airlines, o primeiro avião a se
chocar com o World Trade Center, secretamente mandou mensagens para os controladores aéreos durante grande parte do vôo,
relatou o jornal americano "The
Christian Science Monitor".
O jornal, citando entrevistas
com dois controladores de vôo
que não quiseram se identificar,
declarou que o piloto aparentemente apertava um botão nos comandos do avião que permite que
as torres ouçam a conversa.
"O botão estava sendo apertado
intermitentemente durante quase
todo o percurso até Nova York",
afirmou um dos controladores.
"Ele queria que a gente soubesse
que algo estava errado. Quando
ele apertou o botão e o terrorista
falou, soubemos. Havia essa voz
claramente ameaçando o piloto."
Durante as transmissões, a voz
do piloto e a do sequestrador,
com forte sotaque, eram claramente audíveis, disseram os controladores. Todas as transmissões
foram gravadas e teriam sido entregues a agentes do governo.
Os controladores começaram a
perceber que algo estava errado
com o vôo 11 quando a aeronave
não obedeceu a um comando para subir até a altitude de 9.500 m.
Aproximadamente na mesma
hora, com 20 minutos de vôo, o
transponder do avião deixou de
funcionar, impedindo os controladores de saber a altitude da aeronave. Mesmo assim, o avião
ainda era visível por radar.
"Então o avião virou [em direção sul, rumo a Nova York", e entrou a transmissão com a voz do
terrorista ao fundo."
Os controladores também disseram ter ouvido um dos sequestradores dizendo algo como: "Nós
temos mais aviões", apesar de não
terem entendido o significado.
Outro controlador do Centro de
Controle da Administração Federal de Aviação, em Nova Hampshire, confirmou os fatos. "A pessoa na cabine falava em inglês. Ele
dizia algo como: "Não faça nada
tolo. Você não vai se machucar".
Plano de ataque
Pouco antes do choque que matou todas as 45 pessoas a bordo,
os passageiros do vôo 93 da United Airlines, que caiu no Estado
da Pensilvânia, bolaram um plano para tentar tirar dos sequestradores o comando da aeronave.
Cerca de dez minutos antes da
queda do avião, o passageiro Jeremy Glick ligou do celular para
sua mulher. Ele teria dito que vários passageiros estavam planejando interceptar os terroristas.
Outro passageiro, Thomas Burnett, também ligou para sua mulher logo antes da queda. Ele teria
dito: "Sei que vamos morrer, mas
três de nós vamos fazer algo".
Segundo o relato de Glick, o
avião havia sido controlado por
três homens com traços árabes,
usando panos vermelhos na cabeça. Segurando facas e uma caixa
vermelha que supostamente conteria uma bomba, os sequestradores mandaram todos os passageiros e a tripulação ficar no fundo
do avião e tomaram o controle.
As autoridades não sabem se essa possível reação teria sido a causa da queda do avião. O Boeing-757 da United Airlines foi o único
dos quatro aviões sequestrados
que não acertou um alvo.
Com agências internacionais
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