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Atentado pode atrasar retomada econômica
DA REPORTAGEM LOCAL
Os terroristas podem não ter
pensado sobre o assunto, mas fizeram os ataques no momento
mais apropriado para ferir a economia americana e, por extensão,
a mundial.
"Eles fizeram a coisa errada no
momento errado", diz o brasileiro Walter Mendes, que dirige, em
Londres, os investimentos para a
América Latina da administradora de recursos Schroders, dona de
uma carteira de US$ 200 bilhões.
Na avaliação de Mendes, o que
impedia a economia americana
de cair ainda mais era a disposição dos consumidores de seguir
comprando, mesmo com um cenário adverso. Com os ataques,
essa disposição pode mudar.
"O que impedia os EUA de entrarem em recessão era a disposição dos consumidores", diz ele.
"Como o desemprego está em alta, as pessoas podem ficar com
mais medo ainda."
Além disso, diz Mendes, a grande questão que está em jogo é a
reação política. Se houver uma
guerra, com efeitos sobre o preço
do petróleo, a crise pode ser bem
mais grave.
"Uma nova alta do petróleo teria um forte efeito recessivo sobre
a economia mundial, mas ainda é
cedo para saber se isso vai ocorrer", diz Mendes.
Na época da Guerra do Golfo, o
barril do petróleo subiu para US$
40. Hoje, está por volta de US$ 30.
"A situação é mais complicada
porque as economias dos Estados
Unidos, do Japão e da Europa estão numa situação frágil."
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