São Paulo, Domingo, 14 de Fevereiro de 1999
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"Sambo diferente, rebolando o quadril", diz morena

da Sucursal do Rio

A mais badalada das madrinhas de bateria do Carnaval carioca é paulistana e assume que não sabe sambar no pé. "Sambo diferente, rebolando o quadril. É uma influência do ritmo baiano", explica Tiazinha, madrinha da Tradição.
Ela não contratou ninguém para ensiná-la a sambar no pé, mas, nas visitas à quadra da escola, tomou algumas aulas com as passistas. Diz que está "no ponto" para desfilar depois de amanhã.
Folha - Você prefere ser chamada de Suzana ou de Tiazinha?
Suzana -
Tanto faz. A Tiazinha é um personagem, a Suzana sou eu. Fui entendendo que a Tiazinha é uma criação bonita, sensual, não tem nada de vulgar. As crianças adoram o que eu faço. No começo, eu mesma tinha ficado desconfiada, não queria aparecer de lingerie, mas hoje me sinto bem. A máscara também me protege.
Folha - Que tal ser a musa da vez e a fantasia mais vendida?
Suzana -
Estou feliz. Sei que não vou agradar a todo mundo e tenho pé no chão para saber que preciso aprender sempre. Se virei fantasia de Carnaval, é porque as pessoas estão gostando do meu trabalho. Sempre gostei de Carnaval e estou animadíssima para desfilar. O samba daqui do Rio é diferente, mas não terei problemas.
Folha - Você vai continuar no programa "H"?
Suzana -
Vou. Não vou para a Globo, fazer "Malhação", como disseram. O personagem da Tiazinha está no auge e é muito maior do que "Malhação". Não tem sentido eu aparecer lá como Suzana. Quero diversificar minhas atividades. Estou fazendo aulas de canto e vou lançar um CD. Já gravei uma música, o funk dançante "Uh! Tiazinha!". Estou lançando vários produtos, lingerie e cadernos.
Folha - Você já quis ser loira?
Suzana -
Não. Quando fui pela primeira vez ao "H", fui dispensada. Só queriam loiras. A morena é um tipo brasileiro. As morenas me param na rua e pedem para tirar foto comigo. Estou adorando.


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