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"Sambo diferente, rebolando o quadril", diz morena
da Sucursal do Rio
A mais badalada das madrinhas
de bateria do Carnaval carioca é
paulistana e assume que não sabe
sambar no pé. "Sambo diferente,
rebolando o quadril. É uma influência do ritmo baiano", explica
Tiazinha, madrinha da Tradição.
Ela não contratou ninguém para
ensiná-la a sambar no pé, mas, nas
visitas à quadra da escola, tomou
algumas aulas com as passistas.
Diz que está "no ponto" para desfilar depois de amanhã.
Folha - Você prefere ser chamada
de Suzana ou de Tiazinha?
Suzana - Tanto faz. A Tiazinha é
um personagem, a Suzana sou eu.
Fui entendendo que a Tiazinha é
uma criação bonita, sensual, não
tem nada de vulgar. As crianças
adoram o que eu faço. No começo,
eu mesma tinha ficado desconfiada, não queria aparecer de lingerie,
mas hoje me sinto bem. A máscara
também me protege.
Folha - Que tal ser a musa da vez
e a fantasia mais vendida?
Suzana - Estou feliz. Sei que não
vou agradar a todo mundo e tenho
pé no chão para saber que preciso
aprender sempre. Se virei fantasia
de Carnaval, é porque as pessoas
estão gostando do meu trabalho.
Sempre gostei de Carnaval e estou
animadíssima para desfilar. O
samba daqui do Rio é diferente,
mas não terei problemas.
Folha - Você vai continuar no
programa "H"?
Suzana - Vou. Não vou para a
Globo, fazer "Malhação", como
disseram. O personagem da Tiazinha está no auge e é muito maior
do que "Malhação". Não tem sentido eu aparecer lá como Suzana.
Quero diversificar minhas atividades. Estou fazendo aulas de canto e
vou lançar um CD. Já gravei uma
música, o funk dançante "Uh! Tiazinha!". Estou lançando vários
produtos, lingerie e cadernos.
Folha - Você já quis ser loira?
Suzana - Não. Quando fui pela
primeira vez ao "H", fui dispensada. Só queriam loiras. A morena é
um tipo brasileiro. As morenas me
param na rua e pedem para tirar
foto comigo. Estou adorando.
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