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Síndrome do acervo
da Reportagem Local
Desde 1963, quando o MAM perdeu
sua coleção para o vizinho MAC, falar
em acervo -e principalmente pensar
em uma política para ele- tornou-se
um trauma para o museu. Também por
isso, ele raramente é exibido, colocando
o museu na incômoda situação de dono
de uma coleção que o visitante não vê.
Esse quadro trágico começou a mudar
no início de 1996, com a chegada do curador-chefe Tadeu Chiarelli. "Essa gestão colocou um fim na síndrome do
acervo perdido e o nosso maior problema hoje é justamente dar-lhe visibilidade. Existe uma tradição do museu desvalorizar o próprio acervo, mas ela está
perdendo sua força", disse Chiarelli.
Para que a afirmação se efetive, o primeiro passo já foi dado: a recatalogação
de um acervo de 2.500 obras, que conta
com peças como "Mastros", de Volpi,
e "Cheio, Vazio", de Leonilson.
No final do ano, o museu ganha seu
volume na série de catálogos que o banco Safra dedica a museus brasileiros.
"Vai ser o cartão de visitas do MAM",
disse Chiarelli, que prepara para 1999 o
catálogo completo do museu.
O museu investe ainda na ampliação e
na recuperação do acervo, que cresce
fundamentalmente por meio de doações de artistas ou da mostra Panorama, que concede os Prêmios Aquisição.
Nos últimos dois anos, o MAM conseguiu mais de 180 obras e, recentemente, ganhou uma bolsa da Fundação
Vitae para a restauração de 60 obras.
Outro passo importante é um projeto
que viabiliza, por meio da Lei Rouanet,
a compra de 80 obras que preencheriam algumas lacunas do acervo.
(CF)
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