São Paulo, terça, 14 de julho de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Síndrome do acervo

da Reportagem Local

Desde 1963, quando o MAM perdeu sua coleção para o vizinho MAC, falar em acervo -e principalmente pensar em uma política para ele- tornou-se um trauma para o museu. Também por isso, ele raramente é exibido, colocando o museu na incômoda situação de dono de uma coleção que o visitante não vê.
Esse quadro trágico começou a mudar no início de 1996, com a chegada do curador-chefe Tadeu Chiarelli. "Essa gestão colocou um fim na síndrome do acervo perdido e o nosso maior problema hoje é justamente dar-lhe visibilidade. Existe uma tradição do museu desvalorizar o próprio acervo, mas ela está perdendo sua força", disse Chiarelli.
Para que a afirmação se efetive, o primeiro passo já foi dado: a recatalogação de um acervo de 2.500 obras, que conta com peças como "Mastros", de Volpi, e "Cheio, Vazio", de Leonilson.
No final do ano, o museu ganha seu volume na série de catálogos que o banco Safra dedica a museus brasileiros. "Vai ser o cartão de visitas do MAM", disse Chiarelli, que prepara para 1999 o catálogo completo do museu.
O museu investe ainda na ampliação e na recuperação do acervo, que cresce fundamentalmente por meio de doações de artistas ou da mostra Panorama, que concede os Prêmios Aquisição.
Nos últimos dois anos, o MAM conseguiu mais de 180 obras e, recentemente, ganhou uma bolsa da Fundação Vitae para a restauração de 60 obras.
Outro passo importante é um projeto que viabiliza, por meio da Lei Rouanet, a compra de 80 obras que preencheriam algumas lacunas do acervo. (CF)


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.