São Paulo, sexta, 14 de agosto de 1998

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CLOSE-UP PLANET 98

Dia 21, Rio; Dia 22, SP
O supergrupo de 'electronic rock' é a grande atrção do festival; seu líder, Liam Howlett, falou com exclusividade à Folha

PRODIGY
Divulgação


A revolução

LÚCIO RIBEIRO
Editor-adjunto da Ilustrada

A história da música pop bate à nossa porta pela segunda vez.
A primeira delas foi em janeiro de 1993, quando o Nirvana, no auge, trouxe a São Paulo e Rio a turnê do álbum "Nevermind", na edição daquele ano do Hollywood Rock. Banda e disco, ambos mudaram os rumos do rock contemporâneo.
Agora, pouco mais de cinco anos depois, outra banda que será retrato destacado da música nos anos 90 chega ao país para mostrar com quantas batidas eletrônicas e atitude roqueira se faz uma verdadeira revolução sonora.
O grupo inglês de "electronic rock" Prodigy faz show na próxima sexta 21 no Metropolitan (Rio) e no dia seguinte no Anhembi (SP), atração maior do Close-Up Planet 98.
s apresentações do Prodigy no Brasil faz parte da turnê do CD "The Fat of the Land", álbum ultramilionário responsável por levar a moderna música eletrônica do gueto para as massas. Banda e disco, ambos mudaram os rumos do que se ouve hoje em dia no pop.
"Mudamos a história da música pop, sim. Sabemos disso. Para um grupo como o nosso isso é fantástico. Mas tem o outro lado. A banda está na estrada tocando há muito tempo. Estamos cansados", disse à Folha o líder e mentor do Prodigy, Liam Howlett, em uma entrevista exclusiva por telefone, da Inglaterra.
Quer dizer que vamos ver no Brasil o show de uma banda exausta e desinteressada, Liam?
"Não, não. Tocar em lugares como o Brasil ou mesmo no Japão, onde demos show recentemente, é muito excitante para nós. Em lugares assim, onde nunca estivemos, nos sentimos frescos, novos em folha", afirmou o "dono" do Prodigy.
Liam, o DJ compositor da banda, tem à sua frente no palco o vocalista mestre-de-cerimônias Maxim Reality, o dançarino Leeroy Thornhill e o vocalista/dançarino Keith Flint, que com o cabelo espetado e a maquiagem lembra o palhaço Bozo.
Para visualizar o Prodigy, Liam é o DJ loiro que exprime o conceito da banda. O vocalista Keith Flint, o loiro com cara de fim de século (reparou na foto da capa deste caderno?), dá forma ao Prodigy.
Segundo Liam, o Brasil não deve testemunhar nenhuma canção nova, do tipo prévia do que poderá estar no sucessor de "The Fat of the Land".
"Não tenho absolutamente nenhuma canção feita para o próximo disco. Só vou pensar nele depois que acabarmos a turnê", disse Liam Howlett, que deixou um recado aos brasileiros que querem fazer parte da história musical dos 90.
"Estamos gravando esses últimos shows para lançarmos algum EP mais tarde com faixas ao vivo. Quem sabe incluiremos música dos shows do Brasil em um próximo single..."



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