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CLOSE-UP PLANET 98
Dia 21, Rio; Dia 22, SP
O supergrupo de 'electronic rock' é a grande atrção do festival; seu líder, Liam Howlett, falou com exclusividade à Folha
PRODIGY
Divulgação
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A revolução
LÚCIO RIBEIRO
Editor-adjunto da Ilustrada
A história da música pop bate à
nossa porta pela segunda vez.
A primeira delas foi em janeiro de
1993, quando o Nirvana, no auge,
trouxe a São Paulo e Rio a turnê do
álbum "Nevermind", na edição daquele ano do Hollywood Rock. Banda e disco, ambos mudaram os rumos do rock contemporâneo.
Agora, pouco mais de cinco anos
depois, outra banda que será retrato
destacado da música nos anos 90
chega ao país para mostrar com
quantas batidas eletrônicas e atitude
roqueira se faz uma verdadeira revolução sonora.
O grupo inglês de "electronic
rock" Prodigy faz show na próxima
sexta 21 no Metropolitan (Rio) e no
dia seguinte no Anhembi (SP), atração maior do Close-Up Planet 98.
s apresentações do Prodigy no Brasil faz parte da turnê do CD "The Fat
of the Land", álbum ultramilionário
responsável por levar a moderna
música eletrônica do gueto para as
massas. Banda e disco, ambos mudaram os rumos do que se ouve hoje
em dia no pop.
"Mudamos a história da música
pop, sim. Sabemos disso. Para um
grupo como o nosso isso é fantástico. Mas tem o outro lado. A banda
está na estrada tocando há muito
tempo. Estamos cansados", disse à
Folha o líder e mentor do Prodigy,
Liam Howlett, em uma entrevista
exclusiva por telefone, da Inglaterra.
Quer dizer que vamos ver no Brasil
o show de uma banda exausta e desinteressada, Liam?
"Não, não. Tocar em lugares como o Brasil ou mesmo no Japão, onde demos show recentemente, é
muito excitante para nós. Em lugares
assim, onde nunca estivemos, nos
sentimos frescos, novos em folha",
afirmou o "dono" do Prodigy.
Liam, o DJ compositor da banda,
tem à sua frente no palco o vocalista
mestre-de-cerimônias Maxim Reality, o dançarino Leeroy Thornhill e
o vocalista/dançarino Keith Flint,
que com o cabelo espetado e a maquiagem lembra o palhaço Bozo.
Para visualizar o Prodigy, Liam é o
DJ loiro que exprime o conceito da
banda. O vocalista Keith Flint, o loiro com cara de fim de século (reparou na foto da capa deste caderno?),
dá forma ao Prodigy.
Segundo Liam, o Brasil não deve
testemunhar nenhuma canção nova,
do tipo prévia do que poderá estar
no sucessor de "The Fat of the
Land".
"Não tenho absolutamente nenhuma canção feita para o próximo
disco. Só vou pensar nele depois que
acabarmos a turnê", disse Liam Howlett, que deixou um recado aos brasileiros que querem fazer parte da
história musical dos 90.
"Estamos gravando esses últimos
shows para lançarmos algum EP
mais tarde com faixas ao vivo. Quem
sabe incluiremos música dos shows
do Brasil em um próximo single..."
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