São Paulo, domingo, 15 de junho de 2008

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Michal Bednarek/Shutterstock
Desvende as principais dúvidas sobre como avaliar, financiar e registrar a nova casa

Dois-quartos é o campeão de vendas em São Paulo

Preço dos imóveis de três e quatro quartos cai; um-dormitório se valoriza

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Juros menores e prazos de financiamento esticados têm animado os que estão de olho em um imóvel próprio. Tanto que em 2007 quase dobrou a quantia emprestada pelos bancos -R$ 18,3 bilhões, 96,8% a mais que em 2006, segundo dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Com dinheiro na mão, o que os paulistanos mais querem são imóveis de dois quartos (novos ou usados). "O grande produto é o dois-dormitórios", diz João Crestana, presidente do Secovi-SP (sindicato do setor).
Os usados campeões de venda são os que têm uma vaga na garagem e preço médio de R$ 100 mil, segundo pesquisa feita pelo Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) e baseada nas vendas de fevereiro.
Entre os novos, os de um dormitório se valorizaram: custavam, em média, R$ 141 mil em 2007, mais do que os de dois quartos lançados naquele ano (R$ 124 mil). "O um-dormitório bem localizado é o preferido do solteiro com bom padrão de vida", explica Crestana.
Para quem quer mais espaço, a boa notícia é que os preços dos imóveis novos de três e quatro quartos caíram 15,5% e 16%, respectivamente, de 2006 para 2007. "Por questão de escala, porque os imóveis estão diminuindo ou porque estão cada vez mais localizados em bairros remotos, onde o terreno é barato", explica Crestana.

Fechando negócio
Nobres, Vila Nova Conceição, Moema, Vila Mariana e Paraíso são os objetos de desejo dos mais endinheirados, aponta Celso Amaral, diretor da Amaral d'Ávila Engenharia de Avaliações e do Geoimóvel.
Quando se trata de usados, Tatuapé, Morumbi e Vila Nova Conceição são boas escolhas, na opinião de Roseli Hernandes, gerente-geral da imobiliária Lello. "São os bairros que têm os empreendimentos mais recentes e que oferecem os imóveis mais conservados."
Encontrar o alvo, porém, é apenas o começo da odisséia até ter as chaves na mão. A travessia é permeada por dúvidas sobre qual é a melhor maneira de investir o dinheiro, como levantar documentos sobre o imóvel e o vendedor e que tributos pagar antes da mudança.
Nas próximas páginas, especialistas resolvem as sete dúvidas capitais para fazer uma boa negociação e, enfim, abrir a nova casa com chave de ouro.


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