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Desvende as principais dúvidas sobre como avaliar, financiar e registrar a nova casa
Dois-quartos é o campeão de vendas em São Paulo
Preço dos imóveis de três e quatro quartos cai; um-dormitório se valoriza
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Juros menores e prazos de financiamento esticados têm
animado os que estão de olho
em um imóvel próprio. Tanto
que em 2007 quase dobrou a
quantia emprestada pelos bancos -R$ 18,3 bilhões, 96,8% a
mais que em 2006, segundo dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Com dinheiro na mão, o que
os paulistanos mais querem são
imóveis de dois quartos (novos
ou usados). "O grande produto
é o dois-dormitórios", diz João
Crestana, presidente do Secovi-SP (sindicato do setor).
Os usados campeões de venda são os que têm uma vaga na
garagem e preço médio de R$
100 mil, segundo pesquisa feita
pelo Creci (Conselho Regional
de Corretores de Imóveis) e baseada nas vendas de fevereiro.
Entre os novos, os de um dormitório se valorizaram: custavam, em média, R$ 141 mil em
2007, mais do que os de dois
quartos lançados naquele ano
(R$ 124 mil). "O um-dormitório bem localizado é o preferido
do solteiro com bom padrão de
vida", explica Crestana.
Para quem quer mais espaço,
a boa notícia é que os preços
dos imóveis novos de três e
quatro quartos caíram 15,5% e
16%, respectivamente, de 2006
para 2007. "Por questão de escala, porque os imóveis estão
diminuindo ou porque estão
cada vez mais localizados em
bairros remotos, onde o terreno é barato", explica Crestana.
Fechando negócio
Nobres, Vila Nova Conceição, Moema, Vila Mariana e Paraíso são os objetos de desejo
dos mais endinheirados, aponta Celso Amaral, diretor da
Amaral d'Ávila Engenharia de
Avaliações e do Geoimóvel.
Quando se trata de usados,
Tatuapé, Morumbi e Vila Nova
Conceição são boas escolhas,
na opinião de Roseli Hernandes, gerente-geral da imobiliária Lello. "São os bairros que
têm os empreendimentos mais
recentes e que oferecem os
imóveis mais conservados."
Encontrar o alvo, porém, é
apenas o começo da odisséia
até ter as chaves na mão. A travessia é permeada por dúvidas
sobre qual é a melhor maneira
de investir o dinheiro, como levantar documentos sobre o
imóvel e o vendedor e que tributos pagar antes da mudança.
Nas próximas páginas, especialistas resolvem as sete dúvidas capitais para fazer uma boa
negociação e, enfim, abrir a nova casa com chave de ouro.
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