São Paulo, domingo, 16 de maio de 2004

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vestibular no meio do ano

Oito cursos que tiveram processo seletivo de inverno em 2003 não farão seleção neste ano

Unesp deixa de oferecer 310 vagas

Jefferson Coppola/Folha Imagem
Marcos de Lucca Fonseca, cujo curso não será oferecido pela Unesp


ANDRÉ NICOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Era para ser mais uma chance de conseguir uma vaga no curso de relações internacionais da Unesp (Universidade Estadual Paulista). No final do ano passado, o estudante Marcos de Lucca Fonseca, 20, já havia tentado ingressar na USP, na UnB, na Unesp e na PUC. Não conseguiu e, agora, teria mais uma oportunidade de deixar o cursinho.
Mas sua vaga na universidade paulista terá de esperar pelo menos até o final do ano, já que o vestibular de inverno da Unesp terá agora 310 vagas a menos do que em 2003. O número de cursos oferecidos pela instituição também caiu de 25 para 17.
O curso de Fonseca, relações internacionais em Marília, foi um dos que deixaram de ser oferecidos, assim como os outros três no mesmo campus (terapia ocupacional, arquivologia e fisioterapia). "Fiquei um pouco decepcionado porque estava botando fé que passaria", disse ele, que também prestará agora UnB (Universidade de Brasília) e Faap (Fundação Armando Alvares Penteado).
Não haverá ainda física biológica e química ambiental, em São José do Rio Preto, e arquitetura e urbanismo e licenciatura em química, em Presidente Prudente. Esses oito cursos não foram fechados. Apenas a entrada foi transferida do meio para o final do ano. Por isso no vestibular de verão provavelmente as 310 vagas estarão de volta.
No próximo processo seletivo, a instituição vai oferecer 705 vagas, contra as 1.015 de 2003.
Segundo Fernando Dagnoni Prado, diretor acadêmico da Vunesp, fundação responsável pelo vestibular da Unesp, essas unidades não teriam condições de oferecer vagas semestralmente, pois faltariam infra-estrutura e professores. Como no final do ano podem participar do vestibular também os candidatos que estão se formando no ensino médio, algumas unidades preferiram mudar o período de ingresso.
Em São José do Rio Preto e em Presidente Prudente, esses cursos foram oferecidos no último vestibular. Já para as graduações de Marília, só houve processo seletivo no meio de 2003.
De acordo com Prado, a universidade, que possui 15 campi em São Paulo, não pôde esperar o final do ano passado para iniciar os novos cursos. "Essas vagas foram criadas em uma situação em que o governo do Estado estava repassando recursos adicionais para as três universidades [Unesp, Unicamp e USP] para a ampliação de vagas. Havia necessidade de uma resposta imediata porque os recursos eram específicos", disse.
"Então a Unesp teve de aplicar [os recursos] em novos cursos. A solução foi aplicar rapidamente porque o dinheiro já estava disponível e não era correto a gente não dar a resposta aos recursos."


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