São Paulo, domingo, 16 de setembro de 2001
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ENTENDA Isolacionismo - Pensamento que predominou da Independência Americana até o fim do século 19 e teve grande influência até a Segunda Guerra Mundial. Idealiza um país quase auto-suficiente e propugna que os EUA se limitem a defender seus interesses e sua segurança, no sentido mais estrito, não se envolvendo com os conflitos "dos outros" . Os atuais isolacionistas norte-americanos propõem relações reduzidas ou mesmo a retirada dos EUA de instituições internacionais como a ONU, a OMC e o FMI e restrições mais duras à imigração. São, em geral, contrários ao envio ou estabelecimento de tropas no exterior. Unilateralismo - É a corrente da "realpolitik". Teve influência forte nos EUA a partir do fim do século 19, quando começaram as sucessivas intervenções no exterior, e deu o tom da política externa no início do governo de George Bush, com a rejeição de acordos considerados desfavoráveis à superpotência. Seus defensores afirmam que os EUA devem agir para alcançar seus objetivos nacionais, usando a força, se necessário, independentemente da opinião pública internacional ou de tratados globais. Os unilateralistas são contrários ao envolvimento dos EUA em operações ditas humanitárias ou de manutenção da paz. Multilateralismo -Política muito defendida em discursos, mas raramente aplicada. Prega que os Estados devem buscar acordos e consensos dentro das instituições globais, respeitando as leis, os tratados e a independência das nações. Os multilateralistas norte-americanos afirmam que a cooperação internacional -em acordos de controle de armas, de preservação do ambiente, de redução da pobreza e de manutenção da paz- é a política mais favorável ao país. A superpotência perderia a imagem de arrogância e passaria a ser vista como benevolente. Texto Anterior: José Luís Fiori: Império e pauperização Próximo Texto: Desigualdade - Clóvis Rossi: A força do império pode ser uma fraqueza Índice |
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