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PRAZER
Sexo virtual exige paciência e dedicação
MAURICIO STYCER
da Reportagem Local
Engana-se quem imagina que praticar sexo virtual é mais fácil do que transar de verdade. Navegar em busca de sexo na Internet dá trabalho, exige paciência, resistência física e muito bom humor.
Devido ao excesso de ofertas, mesmo você sabendo o que deseja achar, pode ser difícil encontrar.
Colocar a palavra ``sexo'' em um serviço de busca brasileiro, como o Cadê, por exemplo, resulta em 410 ocorrências -o que já é muito. Em um serviço como o americano Yahoo, a palavra ``sex'' leva a 1.822 sites, em 155 categorias diferentes.
Num serviço especializado, como o WebSideStory, há 2.696 sites ``para adultos'' catalogados. Este site traz um ranking, atualizado toda hora, com os mil sites mais acessados da rede. O campeão, com mais de 500 mil acessos/dia, chama-se ``Persian Kitty''.
O endereço traz relações de sites por ``categoria'', com destaque para os sites gratuitos com imagens -uma preciosidade hoje, quando cada vez mais sites de sexo virtual cobram taxas pelas visitas.
"Amadores"
A categoria de sites gratuitos com imagens do ``Persian Kitty'' é dividida em duas seções: os com fotos de ``amadoras'' e os com fotos ``do dia''. O internauta virgem em sexo virtual logo vai descobrir que essas são duas manias da rede.
Abundam hoje na rede as chamadas fotos de ``amadoras'', feitas de forma a parecer caseiras. São fotos de mulheres que, aparentemente, não vivem da pornografia.
Já os sites com fotos ``do dia'' são, normalmente, arapucas. O internauta é convidado a ver uma foto gratuita, na especialidade que aprecia. Depois, é convidado a se associar, pagando algo, para ter acesso a centenas de fotos.
A possibilidade de virar crime, nos EUA, o acesso de menores a sites pornográficas, criou os serviços de avalistas de maioridade e de bloqueadores de conteúdo.
Os avalistas vendem ``números de identidade'', atestando que o usuário é maior de idade. Com essa ``identidade'', o usuário consegue acessar milhares de sites eróticos. O serviço custa US$ 10.
Outras empresas, como a Cyber Patrol, criaram programas que funcionam como filtros, capazes de impedir que o computador do usuário acesse determinados sites.
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