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Texto Anterior | Próximo Texto | Índice Documentário dá três visões sobre Brasília
especial para a Folha Radicada há dez anos na Europa, a diretora brasileira Maria Augusta Ramos voltou ao país natal para realizar seu terceiro filme (segundo longa-metragem): "Brasília, um Dia em Fevereiro". A personagem principal do documentário -trabalho de graduação produzido pela Academia de Cinema da Holanda- é a cidade onde nasceu e estudou a cineasta. Rodado em três semanas, mostra um dia na vida de três tipos da capital: uma mulher de diplomata, uma estudante universitária e um vendedor ambulante de espelhos. Eles ajudam a contar Brasília, levando a câmera a lugares representativos das várias facetas da cidade. Influenciada pelo cinema de ficção, a diretora não gosta do uso de entrevistas em seus documentários. A idéia inicial, segundo Maria Augusta, era a escalação de três mulheres. "Mas a empregada doméstica desistiu antes do início, por timidez." O encontro casual com o mascate acabou se mostrando uma feliz coincidência. Além de preencher a lacuna de uma necessária personagem de classe baixa, ajudou a gerar, com seus espelhos, "imagens fascinantes dos edifícios de Brasília". Apesar da formação musical -estudou a disciplina em Brasília, Paris e Londres-, Maria Augusta não coloca trilhas sonoras em seus filmes. A música aparece apenas incidentalmente, provinda do ambienta onde se realiza a filmagem. (MURILO GABRIELLI) Filme: Brasília, um Dia em Fevereiro Produção: Holanda, 1996, 71 min. Direção: Maria Augusta Ramos Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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