São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 2011

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Peão se aprimora fora da arena

Segundo competidores, além de treinar a técnica, é preciso investir na parte física e mental

DE RIBEIRÃO PRETO

Apesar de, por lei, já serem reconhecidos como atletas há dez anos, só mais recentemente os peões passaram a se preocupar com a parte física, para tentar acompanhar a evolução dos touros.
Resultado disso é que ampliaram os treinos em arenas espalhadas por fazendas do país, passaram a frequentar academias e até a ter preparo psicológico para montar.
"Aquele peão que usava bombacha e tinha um estilo gaúcho não existe mais. Hoje o preparo físico é essencial para aguentar o tranco", afirmou Marcos Abud, diretor de rodeio de Os Independentes.
Campeão de Barretos em 2010, Tiago Diogo de Faria, de Valentim Gentil (SP), disse que os touros são "sua academia". "Exercício físico é bom e eu faço. Para a técnica, o que aperfeiçoa mesmo é treinar em boi", disse ele, que ganhou na ocasião um prêmio de US$ 100 mil.
Segundo ele, pelo fato de a espora pontiaguda (que pode ferir touros) ter sido proibida, os peões precisaram ter mais técnica para que os bois pulem -quanto maior a dificuldade, maior a nota.
Para o especialista em medicina esportiva João Paulo Bergamaschi, que fez um estudo de três anos vinculado à Santa Casa de São Paulo e ao Celafiscs, de São Caetano do Sul, os peões com mais força têm maior incidência de lesão. "São atletas que vão para a semifinal e final, e montam mais vezes."
Além do preparo físico, Enéas Barbosa, 21, afirmou que é preciso estar "em dia" com a cabeça também. "Caso contrário, é queda certa."


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