São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 2011

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Prêmios milionários atraem profissionais

Nova geração já coleciona títulos pelo país; vencedor de Barretos em 2010 quer bicampeonato e "engordar carteira'

DE RIBEIRÃO PRETO

Poucos conseguem chegar ao patamar dos campeões mundiais Adriano Moraes, Guilherme Marchi e Renato Nunes, mas o rodeio brasileiro já paga prêmios que podem mudar a vida de muitos.
Geralmente criados na zona rural de Estados como São Paulo, Minas, Mato Grosso do Sul e Goiás e com poucas oportunidades de estudar, os peões veem no rodeio a chance de mudar de vida.
Alguns conseguem, como Enéas Barbosa, 21, e Tiago Diogo de Faria, 25, dois dos expoentes da nova geração das arenas.
Barbosa, que só estudou até a sétima série do ensino fundamental, em seis anos de carreira obteve mais de R$ 1,1 milhão nas arenas, o que resultou num "salário" de R$ 15,2 mil no período.
Só um desses prêmios, em Fernandópolis, em 2008, fez com que ele comprasse terrenos, casas e terras -faturou R$ 470 mil-, mas Barbosa quer disputar a PBR (Professional Bull Riders), nos EUA.
Tricampeão mundial da PBR, Moraes amealhou mais de US$ 4 milhões na carreira, e Marchi já levou para casa US$ 3,6 milhões. O título de 2010 de Nunes valeu US$ 1,25 milhão em sua conta.
Na temporada atual, segundo Barbosa, seu desempenho está "mais ou menos".
"Ganhei pouco. Entrei em umas 20 finais, mas só ganhei duas motos. Agora, quero ganhar Barretos."
A vontade é a mesma de Tiago Diogo de Faria, vencedor de 2010. Além do status de bicampeão -o que ninguém conseguiu desde que o estádio de rodeios foi criado, há 26 anos-, o objetivo é engordar a carteira.
"O caminho natural é me envolver com criação de animais, comprar terra e imóveis", disse ele, que investiu os US$ 100 mil obtidos em Barretos em 2010 numa casa.
Só que, como Barbosa, sua temporada está sendo irregular. "Não está igual ao ano passado, mas tem sido boa. Quebrei a costela no fim do ano passado, o que atrapalhou."
(MARCELO TOLEDO)


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