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ENFOQUE DO CURSO
Mulher prefere gestão de pessoas; homem, negócios
Salas de aula têm mais ou menos alunos de cada gênero de acordo com
o conteúdo principal da especialização
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Diferenças entre homens e
mulheres também existem na
escolha do foco de sua especialização. Elas gostam de MBAs
ligados a gestão de recursos humanos -tema preferido de 13%
delas e de 4% dos homens. Eles
preferem gestão de negócios,
foco de 11%, contra 5% das mulheres, aponta o Datafolha.
"A função de gestão de pessoas ainda está bastante ligada
ao feminino", concorda Silene
Magalhães, coordenadora do
MBA da Fundação Dom Cabral. Para ela, o resultado da
pesquisa reflete o fato de mulheres serem minoria em altos
postos, daí o interesse menor
por cursos sobre negócios.
Na fundação, há 21% de alunas para 79% de alunos, e até
em cursos de pós "lato sensu"
as mulheres se concentram em
especializações voltadas a esse
tema, afirma Magalhães.
Já os homens têm mais interesse em números e negócios,
comentam especialistas consultados pela Folha.
José Matias, gerente de suporte técnico da McAfee para a
América Latina, é um deles. Ele
entrou na empresa em 2000,
começou logo a gerenciar pessoas e sentiu necessidade de
conhecimentos que o ajudassem a liderar esses funcionários. Apesar disso, optou por
um MBA voltado a gestão de
negócios, na FGV-SP.
"Além do contato com os temas ligados a liderança, fiquei
mais maduro para fazer planejamento e conversar com outras áreas e com outros países",
argumenta Matias.
Questão de psicologia
Dalva Marques, diretora da
consultoria Asap, também ressalta a concentração de mulheres em cargos de recrutamento,
seleção e gestão de pessoas.
E boa parte de quem atua
nessa área tem formação em
psicologia, curso bastante povoado de mulheres.
"A maioria dos meus colegas
trabalha com psicologia do trabalho ou gestão de pessoas", ratifica Luiza Chaves Gomes, 31,
gerente de recursos humanos
da Souza Cruz .
Formada em psicologia, ela
fez um MBA na ESPM que contemplava tanto a gestão empresarial como a de pessoas, para
desenvolver visão estratégica e
de negócios e competir no mercado. "A graduação é mais focada na parte clínica. No mundo
corporativo, disputo com economistas, engenheiros e administradores", afirma.
Já Claudio Moura, 45, que
também trabalha na área de recursos humanos -é gerente de
desenvolvimento e treinamento do McDonald's-, preferiu
um MBA executivo.
"Tinha pós-graduação em recursos humanos e pretendia
trabalhar de maneira multidisciplinar", comenta.
(JV)
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