São Paulo, quarta-feira, 19 de setembro de 2001

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Argentina começa a julgar o caso Amia

DE BUENOS AIRES

A Justiça argentina começa na próxima segunda-feira a julgar 20 pessoas envolvidas com o maior atentado terrorista já cometido em seu território: a explosão da sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em Buenos Aires, em 1994, que deixou 85 mortos. Dois anos antes, um atentado contra a Embaixada de Israel havia morto 22 pessoas. Nenhum dos dois atentados foi solucionado até hoje.
As pessoas que serão julgadas a partir da próxima semana são personagens secundários. Entre eles está um vendedor de carros roubados, que forneceu o veículo no qual foi colocada a bomba que derrubou o edifício, e policiais da Província de Buenos Aires, que encobriram ações relacionadas com o caso.
O julgamento ganhou um novo ingrediente com o depoimento feito ontem à Justiça pelo ex-coronel Mohamed Alí Seineldín, que em dezembro de 1990 liderou a chamada rebelião "carapintada" contra o governo de Carlos Menem.
Seineldín afirmou que os atentados de 1992 e de 1994, além da morte do filho de Menem na queda do helicóptero que pilotava, em 1995, foram represálias pelo envio de tropas argentinas à Guerra do Golfo, em 1990. (RW)


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