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Argentina começa a julgar o caso Amia
DE BUENOS AIRES
A Justiça argentina começa
na próxima segunda-feira a julgar 20 pessoas envolvidas com
o maior atentado terrorista já
cometido em seu território: a
explosão da sede da Associação
Mutual Israelita Argentina
(Amia), em Buenos Aires, em
1994, que deixou 85 mortos.
Dois anos antes, um atentado
contra a Embaixada de Israel
havia morto 22 pessoas. Nenhum dos dois atentados foi
solucionado até hoje.
As pessoas que serão julgadas
a partir da próxima semana são
personagens secundários. Entre eles está um vendedor de
carros roubados, que forneceu
o veículo no qual foi colocada a
bomba que derrubou o edifício, e policiais da Província de
Buenos Aires, que encobriram
ações relacionadas com o caso.
O julgamento ganhou um
novo ingrediente com o depoimento feito ontem à Justiça pelo ex-coronel Mohamed Alí
Seineldín, que em dezembro de
1990 liderou a chamada rebelião "carapintada" contra o governo de Carlos Menem.
Seineldín afirmou que os
atentados de 1992 e de 1994,
além da morte do filho de Menem na queda do helicóptero
que pilotava, em 1995, foram
represálias pelo envio de tropas
argentinas à Guerra do Golfo,
em 1990.
(RW)
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