São Paulo, domingo, 19 de setembro de 2004

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PESQUISA

Diferença entre Serra e Marta é três pontos percentuais inferior à verificada pelo Datafolha na semana anterior

Tucano está 16 pontos à frente no 2º turno

DA REPORTAGEM LOCAL

Na hipótese cada vez mais provável de um segundo turno entre os candidatos José Serra (PSDB) e Marta Suplicy (PT), o tucano venceria a prefeita por 54% a 38% se a eleição fosse realizada hoje.
A diferença de 16 pontos percentuais é mais baixa que os 19 pontos de uma semana atrás, mas ainda assim fica acima da menor distância entre os dois, de 12 pontos, captada em pesquisa realizada no dia 26 de agosto.
O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, afirma que, apesar da oscilação da diferença na última semana, os números demonstram uma estabilidade.
Tanto Serra quanto Marta variaram dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O candidato do PSDB tinha 56% no levantamento publicado no domingo passado, dois pontos além do que tem hoje. A prefeita era a opção de 37% dos eleitores, um ponto percentual abaixo do número atual.

Como no dia da eleição
Para Mauro Paulino, "é quase inevitável que haja um segundo turno e que esse segundo turno seja entre os dois candidatos que estão à frente". Isso ocorre em razão do cenário de estabilidade refletido por toda a pesquisa.
O cálculo dos votos válidos embasa a análise do diretor do Datafolha. Pela primeira vez nesta eleição, o instituto fez essa simulação.
Serra tem 40% dos votos válidos. Marta aparece com 36%. Para vencer no primeiro turno, o candidato tem que receber 50% dos votos válidos mais um.
Quando divulga os resultados das eleições, o Tribunal Regional Eleitoral informa justamente os votos válidos e não quanto cada um recebeu do total. Assim, se a eleição fosse hoje, o resultado que emergiria das urnas seria mais próximo desse placar (40% a 36% para Serra sobre Marta).
Para calcular os votos válidos, o Datafolha exclui os indecisos e os que dizem que vão votar em branco, anular o voto ou que não pretendem votar em ninguém. Então, redistribui os percentuais dados aos candidatos entre os eleitores que já definiram em quem vão votar. Na atual pesquisa, os indecisos ou que dizem que votarão em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos somam 9%.
Outro indicativo da sedimentação do cenário, o número de indecisos na pesquisa espontânea não passa de um terço do eleitorado -29% dizem que não sabem quando nenhum nome é apresentado, e 5% falam que vão votar em branco, ou nulo ou em ninguém.


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