São Paulo, quinta-feira, 19 de dezembro de 2002

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Criado em 1995, Proer ainda é alvo de críticas

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma onda de quebradeira de instituições financeiras mal administradas levou o governo FHC a lançar, em 1995, o chamado Proer, programa de socorro a bancos.
A temporada de problemas foi aberta pelos bancos Econômico e Mercantil de Pernambuco, em agosto de 1995.
Depois vieram Nacional, Bamerindus e outras instituições de menor porte.
O objetivo do Proer (programa de reestruturação do sistema financeiro) era promover o saneamento dessas instituições com recursos públicos e vendê-las para outros bancos, a maior parte estrangeiros.
Portanto, depois de decretar a intervenção nessas instituições, o BC emprestou dinheiro para que seus ativos pudessem ser transferidos aos bancos que assumiram seus controles.
Algumas instituições acabaram vendidas por valor simbólico. Foi o caso do Bamerindus, comprado, em 1997, pelo inglês HSBC pela quantia de R$ 1.
Depois da intervenção, o BC iniciou a fase de liquidação dos bancos atendidos pelo Proer.
Segundo informação publicada pela Folha em fevereiro deste ano, as intervenções do BC apenas em três bancos - Nacional, Econômico e Bamerindus- deverão provocar um rombo de mais de R$ 10 bilhões aos cofres públicos.
Isso porque os créditos que o BC acumulou, injetando dinheiro nessas instituições, supera em muito os recursos disponíveis nelas.
Não por acaso, o Proer é, até hoje, uma das ações mais polêmicas do governo FHC.


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