|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Criado em 1995, Proer ainda é
alvo de críticas
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma onda de quebradeira
de instituições financeiras
mal administradas levou o
governo FHC a lançar, em
1995, o chamado Proer, programa de socorro a bancos.
A temporada de problemas foi aberta pelos bancos
Econômico e Mercantil de
Pernambuco, em agosto de
1995.
Depois vieram Nacional,
Bamerindus e outras instituições de menor porte.
O objetivo do Proer (programa de reestruturação do
sistema financeiro) era promover o saneamento dessas
instituições com recursos
públicos e vendê-las para
outros bancos, a maior parte
estrangeiros.
Portanto, depois de decretar a intervenção nessas instituições, o BC emprestou
dinheiro para que seus ativos pudessem ser transferidos aos bancos que assumiram seus controles.
Algumas instituições acabaram vendidas por valor
simbólico. Foi o caso do Bamerindus, comprado, em
1997, pelo inglês HSBC pela
quantia de R$ 1.
Depois da intervenção, o
BC iniciou a fase de liquidação dos bancos atendidos
pelo Proer.
Segundo informação publicada pela Folha em fevereiro deste ano, as intervenções do BC apenas em três
bancos - Nacional, Econômico e Bamerindus- deverão provocar um rombo de
mais de R$ 10 bilhões aos cofres públicos.
Isso porque os créditos
que o BC acumulou, injetando dinheiro nessas instituições, supera em muito os recursos disponíveis nelas.
Não por acaso, o Proer é,
até hoje, uma das ações mais
polêmicas do governo FHC.
Texto Anterior: Rombos: Dívida pública dobra, déficit externo explode e ameaça estabilidade Próximo Texto: Dólar caro leva empresas ao 'desespero' Índice
|