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Uma capital sem museu e biblioteca?
da Sucursal de Brasília
Brasília não tem o misto de
Times Square, Picadilly Circus
e Champs-Elysée inicialmente
pensado pelo urbanista Lucio
Costa. Mas poderia oferecer à
sua população o Museu de Arte
da cidade, o acervo da Biblioteca Nacional e o famoso Cine
Brasília bem conservados.
"Não tem acervo?" é a pergunta repetida à entrada da biblioteca inaugurada três vezes
desde 2006. "Não", responde o
balconista com a naturalidade
advinda da prática. "Vai visitar
ou para as salas de estudos?"
De fato não há acervo organizado: existem cerca de 300 livros numa única prateleira
-de "Caçador de Pipas" a "Germinal"- e uma coleção de livros infantis. Segundo Lúcia
Marques, diretora administrativa, a biblioteca tem 60 mil
exemplares (todos doados),
mas ainda falta licitar o sistema
de segurança. Recebe por dia
600 pessoas, que usam as salas
de estudo e a rede de internet.
Nova decepção na visita ao
Museu de Arte de Brasília, interditado pelo Ministério Público em 2007. "Não tem previsão de reforma", diz o guarda
em meio a uma ou outra obra
embalada em plástico-bolha.
No Cine Brasília, inaugurado
em 1960, uma surpresa: ele reabriu em março, três meses após
ter fechado as portas por falta
de programador. Mas o ar condicionado só funciona parcialmente, as estruturas elétrica e
hidráulica precisam ser trocadas, e o carpete tem buracos.
A falta de mais opções culturais transformou locais como o
Centro Cultural do Banco do
Brasil e as livrarias Fnac e Cultura em sucessos de público.
(JOHANNA NUBLAT)
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