São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2010

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Uma capital sem museu e biblioteca?

da Sucursal de Brasília

Brasília não tem o misto de Times Square, Picadilly Circus e Champs-Elysée inicialmente pensado pelo urbanista Lucio Costa. Mas poderia oferecer à sua população o Museu de Arte da cidade, o acervo da Biblioteca Nacional e o famoso Cine Brasília bem conservados.
"Não tem acervo?" é a pergunta repetida à entrada da biblioteca inaugurada três vezes desde 2006. "Não", responde o balconista com a naturalidade advinda da prática. "Vai visitar ou para as salas de estudos?"
De fato não há acervo organizado: existem cerca de 300 livros numa única prateleira -de "Caçador de Pipas" a "Germinal"- e uma coleção de livros infantis. Segundo Lúcia Marques, diretora administrativa, a biblioteca tem 60 mil exemplares (todos doados), mas ainda falta licitar o sistema de segurança. Recebe por dia 600 pessoas, que usam as salas de estudo e a rede de internet.
Nova decepção na visita ao Museu de Arte de Brasília, interditado pelo Ministério Público em 2007. "Não tem previsão de reforma", diz o guarda em meio a uma ou outra obra embalada em plástico-bolha.
No Cine Brasília, inaugurado em 1960, uma surpresa: ele reabriu em março, três meses após ter fechado as portas por falta de programador. Mas o ar condicionado só funciona parcialmente, as estruturas elétrica e hidráulica precisam ser trocadas, e o carpete tem buracos.
A falta de mais opções culturais transformou locais como o Centro Cultural do Banco do Brasil e as livrarias Fnac e Cultura em sucessos de público.
(JOHANNA NUBLAT)


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