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Morador da zona leste tem sobrepeso
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Harumaki com sorvete e batatas fritas afogadas em maionese estampam o cartaz da lanchonete na rua Itinguçu, na Vila Ré. Na calçada oposta, o contabilista Wilson Oliveira, 55, sai
do supermercado com garrafas
de refrigerante não-light.
O Datafolha calculou o IMC
(índice de massa corporal) dos
entrevistados de cada região de
São Paulo. Trata-se da fórmula-padrão em estatísticas para definir se populações estão, em
média, abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou
com obesidade.
O IMC é calculado dividindo
o peso, em quilos, pelo dobro da
altura, em metros. Na zona leste, a média de IMC é de 25,1,
que se encaixa em sobrepeso.
Com 1,78 m e 95 kg, Oliveira
chega ao IMC de 29,98 -limite
entre sobrepeso e obesidade, e
acima da média da Penha, que
registrou o maior IMC da cidade -25,5. Trabalhando de carro no interior, ele diz que faltam opções de comida leve na
estrada.
Medindo 1,53 m, a cabeleireira Adriana Botelho, 31, pesava
97 kg há três meses. Seu IMC
era de 41,43 -obesidade de
grau três, em que é mais grave o
risco de desenvolver diabetes,
pressão alta, doenças cardiovasculares e respiratórias. Ela
reduziu o estômago em uma cirurgia numa clínica particular
e hoje tem 77 kg, mas ainda é
considerada obesa, no grau um
(IMC de 32,89).
Professora da USP e coordenadora de obesidade infantil do
Hospital das Clínicas, a endocrinologista Sandra Vilares
afirma que o fator genético pode influenciar de 30% a 70%
nas causa da obesidade, segundo apontam diferentes estudos. A coordenadora ressalta,
porém, a importância de exercícios e de boa alimentação,
sem recomendar que sejam feitas dietas radicais.
"Caminhada deve ser regular, cinco vezes por semana. E a
comida gordurosa deve ser evitada, mas não se pode parar de
comer, senão se perde musculatura e nem se consegue se
exercitar". (JP)
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