São Paulo, terça-feira, 21 de setembro de 2010

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força nacional

Entre os brasileiros, curadores apostam nos jovens Alice Miceli, Jonathas de Andrade e Tatiana Blass

DE SÃO PAULO

Entre 159 artistas, a 29ª Bienal de São Paulo apresenta 51 brasileiros, ou seja, 32% da mostra, o que representa um dos mais altos índices da história do evento. Cinco curadores foram consultados pela Folha para indicar, dentre os 159, quais seriam suas apostas, sendo que cada um poderia apresentar três indicações.
Participaram da enquete o colombiano Jose Roca, que foi co-curador da 27ª Bienal e é o curador da 8ª Bienal do Mercosul, a porto-riquenha Julieta Gonzalez, curadora associada de arte latinoamericana da Tate Modern, e os brasileiros Lisette Lagnado, curadora da 27ª Bienal, Luis Camillo Osório, diretor do Museu de Arte Moderna do Rio, e Solange Farkas, diretora do Museu de Arte Moderna da Bahia. (Leia na Folha.com quais artistas cada curador indicou e sua justificativa)
Dos 15 indicados, seis artistas brasileiros, em sua maioria jovens, na casa dos 30 anos, foram apontados pelos curadores. As exceções foram Milton Machado, 63, e Tamar Guimarães, 42.
"Se a aposta consiste em demonstrar que artistas podem participar de várias bienais de São Paulo sem, contudo, merecer a devida atenção, Milton Machado envereda em mais um desafio depois de ter participado da "Bienal do Kiefer", em 1987", justifica Lagnado. "Quem sabe dessa vez haverá maior cuidado para entender um artista fundamental desde o início dos anos 1970 no Brasil", diz ainda.
Já Guimarães, indicada por Gonzalez, é praticamente uma desconhecida no Brasil, já que vive na Dinamarca, onde desenvolveu sua carreira. Ela teve uma obra exposta em São Paulo, no Panorama da Arte Brasileira, do ano passado, e no Capacete, no Rio, locais onde a curadora conheceu sua obra. "Fiquei muito interessada na crítica das instâncias de poder através do inconsciente e estou com grande expectativa por o que ela vai mostrar em São Paulo", afirma Gonzalez.
A curadora da Tate também indicou o alagoano Jonathas de Andrade, 27, o mais jovem do grupo, que foi selecionado por abordar "processos de modernização e o posterior fracasso de alguns projetos modernos na América Latina".Os demais artistas indicados foram Tatiana Blass, Alice Miceli e Marilá Dardot, que organiza um dos seis terreiros da Bienal com Fabio Morais.


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