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Centros estudam desde cidades até o genoma
DA REPORTAGEM LOCAL
Praticamente todos os professores da USP participam de um
grupo de pesquisa: são 1.056 grupos na universidade, ou 14,5% do
total do país, segundo dados reunidos pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
O diretório dos grupos de pesquisa do CNPq enumera 7.271
grupos de pesquisa nas 46 instituições de ensino superior com 30
grupos ou mais.
Citar exemplos de excelência
entre esses grupos é uma tarefa
ingrata, dada a quantidade de
pesquisadores envolvidos. Mas
um bom jeito de demonstrar o
grau de excelência da pesquisa da
USP é mencionar um programa
recente da Fapesp (Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo). A Fapesp é a agência
de fomento estadual que ajudou o
Estado a contribuir com metade
da ciência feita no Brasil.
Em 2000, a instituição criou os
chamados Cepids (Centros de
Pesquisa, Inovação e Difusão).
Cada um deles teria de reunir pesquisa multidisciplinar de alto nível, inovação tecnológica (de preferência em parceria com pequenas empresas), ensino e divulgação científica.
A concorrência foi forte em todo o Estado: 110 propostas foram
recebidas, 30 foram consideradas
e dez escolhidas. Desses 10 Cepids, a USP participa de 8, em
grau menor ou maior, como sede
dos centros ou como parceiro.
Também da USP, no campus de
São Carlos, é o Centro de Biotecnologia Molecular Estrutural,
parceria com o LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron),
de Campinas, e com a Ufscar
(Universidade Federal de São
Carlos). Sua proposta é pesquisar
e criar biotecnologias ligadas ao
chamado Planejamento Molecular Baseado em Estruturas, uma
forma de criar, por exemplo, novos compostos químicos ou "remédios sob medida".
O Centro de Pesquisa em Terapia com Células é ligado à Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. Seu objetivo é o uso
de células para desenvolvimento
de novos tratamentos, como por
exemplo as chamadas células-tronco, capazes de dar origem a
outros tipo de célula do corpo
através de um processo de diferenciação. Ou seja, são um excelente meio de "consertar" problemas do organismo. O centro também tem tradição de pesquisa
com sangue e derivados.
O Centro de Estudo do Genoma
Humano surgiu do Instituto de
Biociências do campus de São
Paulo, principalmente dos pesquisadores ligados ao seu Serviço
de Aconselhamento Genético,
que já atendeu mais de 30 mil famílias. Seu objetivo é acompanhar pessoas afetadas por doenças genéticas, em especial as de
origem neuromuscular, além de
pesquisá-las e de estudar a diversidade genética humana.
Na área de ciências humanas,
outro Cepid ligado à USP é o centro estruturado em torno do Núcleo de Estudos da Violência.
O Centro de Toxinologia Aplicada é sediado no Instituto Butantã, destinado à pesquisa com
toxinas animais e micróbios de
interesse para a medicina e indústria. Também conta com parceria
da USP, Unifesp, Unesp e de um
consórcio farmacêutico nacional.
O Centro de estudos da Metrópole tem sede no Cebrap (Centro
Brasileiro de Análise e Planejamento) e se concentra no estudo
da região metropolitana de São
Paulo. Entre os parceiros do Cebrap estão duas unidades da USP,
a FAU (Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo) e a ECA (Escola de
Comunicações e Artes).
O Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica reúne Unicamp e o
Instituto de Física da USP de São
Carlos (leia reportagem sobre esse instituto nesta página).
(RICARDO BONALUME NETO)
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