DO ENVIADO ESPECIAL

Para chegar a qualquer atração de Bonito, é preciso ir por estrada de terra. Em época de seca, não há problema se o carro não tiver tração nas quatro rodas. Mas é preciso ficar atento às inúmeras pedras que "surgem" no caminho.
Foi numa delas que o Audi A6 em que viajava a reportagem da Folha bateu na via que leva à gruta de São Miguel, num percurso de 12 quilômetros. O cárter furou em dois pontos, e o veículo precisou ser guinchado até uma oficina mecânica. Por isso, se o motorista for de avião até Campo Grande e alugar um carro para ir a Bonito, é melhor preferir os mais altos.
No caminho entre a capital e a cidade, prefira rodar mais e ir pela estrada asfaltada, via Guia Lopes e Nioaque. Há um caminho de terra mais curto, mas com apenas uma mercearia e um posto de combustível. Também é raro encontrar outro "aventureiro". É torcer para não precisar de ajuda.
Com o cárter soldado e óleo semi-sintético -o recomendado pela fábrica é o sintético, não encontrado em Bonito-, o A6 não parecia que tinha tido qualquer problema. Os buracos tampouco comprometeram o alinhamento.
O motor 3.0 V6 (seis cilindros em "V") desenvolve 220 cv (cavalos) de potência, o que garante boa disposição para o sedã. Além do desempenho, transmite muita segurança nas ultrapassagens. O difícil mesmo é controlar o pé direito no acelerador.
O consumo, em geral alto nos modelos com motores desse porte, é de 11,4 km/l na estrada, segundo teste da Folha e do IMT (Instituto Mauá de Tecnologia). Na prática, isso significou R$ 466 de gasolina para rodar aproximadamente 2.400 quilômetros.
E é em viagens longas como essa que o controlador de velocidade, conhecido popularmente como piloto automático, mostra sua verdadeira utilidade. Basta selecionar a transmissão automática -o câmbio Multitronic permite também mudanças manuais-, e tudo que o motorista precisa fazer é manter a direção correta. (JAA)


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