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Bittar acusa Maia de aplicar verba da saúde no mercado financeiro
DA SUCURSAL DO RIO
O candidato do PT à Prefeitura
do Rio, Jorge Bittar, acusou ontem o prefeito Cesar Maia (PFL)
de ter investido no mercado financeiro parte do dinheiro do Ministério da Saúde liberado em
2002 para reformar dois hospitais
municipais e uma maternidade.
Maia rompeu os convênios em
agosto deste ano. A verba foi devolvida sob a alegação de que não
era suficiente para as obras.
De acordo com documentos do
ministério apresentados ontem
por Bittar, a prefeitura diz ter apurado R$ 101.645,98 no mercado financeiro com a verba federal.
Desde 2002, Maia recebeu R$ 970
mil para executar as obras, que
nunca saíram do papel.
"Esta é a sensibilidade social do
Cesar Maia, que se diz um grande
administrador. Ele teve a verba
por dois anos e só agora decidiu
devolver o dinheiro", disse Bittar,
que tem cinco pontos percentuais
desde a primeiro pesquisa do Ibope. Pela última pesquisa divulgada pelo instituto, Maia seria reeleito no primeiro turno, com 48%
das intenções de votos.
"Temos que checar se o todo o
valor arrecadado no mercado financeiro foi declarado. Isso é importante", disse o petista.
Pelos documentos de um dos
acordos, a secretaria-executiva do
Ministério da Saúde chega a censurar a aplicação dos recursos financeiros em um fundo de investimento. Segundo o primeiro
convênio firmado pelo Ministério
da Saúde com a Prefeitura do Rio,
R$ 859.587,90 seriam gastos na reforma do sistema elétrico do Hospital da Piedade, na zona norte do
Rio. O ministério repassaria R$
687.670,32. A prefeitura, por sua
vez, entraria com R$ 171.917,58 de
contrapartida. Já o segundo convênio seria de R$ 737.574,40 para
também reformar os sistemas elétricos do Hospital Municipal Raphael de Paula Souza e a maternidade Leila Diniz, ambos em Jacaperaguá, zona oeste da cidade.
Nesse caso, o ministério acordou liberar R$ 590.059,52 para as
obras no hospital e na maternidade. A prefeitura daria R$
147.514,88 de contrapartida.
Pelo levantamento feito pelo
ministério, parte do dinheiro federal foi repassado (R$
455.175,19, hospital e maternidade em Jacarepaguá, e R$ R$
515.752,74, Hospital da Piedade)
para a prefeitura, que não depositou nada em contrapartida.
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