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ESTADUAIS
Em direito, Roraima, Minas Gerais e Sergipe têm os maiores salários
Área médica terá até 2.000 postos em São Paulo
CRISTIANE CAPUCHINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para quem não quer cruzar a
fronteira paulista, a saúde é o
alvo mais promissor. O governo
ainda não divulgou o número
de vagas, mas a assessoria de
imprensa da Secretaria da Saúde adianta que serão abertos
de 1.500 a 2.000 postos.
A publicação do edital que recrutará farmacêuticos, fisioterapeutas, enfermeiros e médicos está prevista para março.
Isso não sinaliza crescimento
do setor, pois as vagas são para
cargos já existentes. Além disso, o governo tem preferido fazer convênios com instituições
privadas, explica o secretário
de gestão pública do Estado de
São Paulo, Sidney Beraldo.
"A maior parte dos novos
hospitais e os AMEs [Ambulatório Médico de Especialidades] são feitos em parceria com
organizações sociais", diz.
A área, estratégica para o governo, também lida com alta
evasão por aposentadoria ou
demissão -bastante motivada
por falta de plano de carreira e
salários inferiores aos de hospitais e clínicas particulares.
Em um hospital público, o salário inicial, dependendo da especialidade e da região do Estado, é de R$ 40 por hora, segundo a Secretaria da Saúde. Em
consultório particular, o valor
médio cobrado é de R$ 145,
segundo o Cremesp (Conselho
Regional de Medicina do Estado de São Paulo).
Por outro lado, muitos profissionais em início de carreira
aproveitam hospitais públicos
para ganhar experiência, títulos curriculares e treinamento.
Pesquisa feita pelo Datafolha
para o Cremesp mostra que
76% dos jovens de até 29 anos
trabalham em hospitais públicos. A taxa é de 39% entre médicos com ao menos 50 anos.
A possibilidade de evolução
científica atrai, já que a rede
pública tem parcerias freqüentes com instituições de ensino e
pesquisa em medicina.
Os maiores salários
Já os que se dispõem a mudar
de Estado têm boas oportunidades na área de direito. Roraima, Minas Gerais e Sergipe
abrem postos com as maiores
remunerações no país: R$ 22
mil (procurador de contas),
R$ 19.955 (juiz substituto do
trabalho) e R$ 15 mil (juiz substituto), respectivamente.
"Geralmente é o salário que
atrai o candidato para outra região", avalia Rodrigo Figueiredo, gerente do departamento
de concursos do Instituto Cetro. "Há locais que aumentam o
benefício para atrair candidatos especializados, quadro comum no Norte", diz.
Antes de se mudar, o "concurseiro" deve pesar custo de
vida local, gastos com viagens e
adaptação da família. Além disso, os concursos são aplicados,
em geral, na cidade ou no Estado para qual é destinada a vaga.
Para evitar contratempos,
Figueiredo recomenda aos
"concurseiros" fazer uma análise cuidadosa do edital.
Com Andressa Rovani e Lia Vasconcelos ,
colaboração para a Folha
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