São Paulo, domingo, 24 de setembro de 2006

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comentário

Indivíduo tem de protagonizar o aprendizado

GILBERTO DIMENSTEIN
COLUNISTA DA FOLHA

1) Quanto mais uma escola se preocupa em envolver os alunos em ações comunitárias, mais ela oferece condições de desenvolvimento do empreendedorismo, do senso de responsabilidade e da capacidade de enfrentar desafios.
2) Faça o que todo mundo (com um mínimo de bom senso) faz quando vai a um médico. Pergunte sobre o nível educacional de professores. É sabido que os com pós-graduação tendem a desenvolver um olhar mais curioso e acabam transmitindo maior prazer pelo aprendizado.
3) Quanto maior e melhor a oferta cultural, melhor o nível educacional, porque o estudante é estimulado a fazer do processo de conhecimento uma aventura de descoberta. Música, dança, teatro, literatura, artes plásticas são uma viagem profunda pelo encanto do saber.
4) Veja se o currículo faz a ligação entre as matérias e a realidade, se seduz o aluno a traduzir o mundo. Desconfie (e muito) se não houver projetos inter e multidisciplinares. Matérias ensinadas sem essa conexão são, além de um atraso, uma inutilidade. A decoreba, desconectada da realidade, não produz profissionais aptos a lidar com a sociedade global e digital. Quem apenas decora pode até passar bem no vestibular, mas terá dificuldades profissionais.
5) Apenas em último lugar, leve em conta as boas condições físicas da escola -elas só servem mesmo se os professores forem seres curiosos, tiverem condições de levar os alunos a fazer experiências e souberem fazer do ato de aprender o mais sublime ato de viver.


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