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INGLÊS
Fluência conta mais que bom sotaque
Empresa espera que profissional consiga realizar tarefas que vão desde redigir
e-mails até negociar com os clientes
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Não é conhecimento de filigranas da gramática ou sotaque
de dar inveja a nativos que buscam as empresas que pedem
domínio do inglês nos currículos dos profissionais. O que interessa é a fluência no idioma e
a capacidade de usá-lo como
instrumento de trabalho.
Isso se traduz em ser capaz
de realizar tarefas como fazer
apresentações, receber visitantes, negociar com clientes e fornecedores, participar de chamadas por conferência, redigir
e-mails e relatórios e participar
de treinamentos, segundo a
Companhia de Idiomas, empresa de ensino corporativo.
"A ideia de que o importante
é falar como nativo está mudando. Quem é fluente faz parte de uma mentalidade global",
afirma Deepak Desai, CEO da
consultoria GlobalEnglish.
Para Lúcio Sardinha, diretor
da escola Up Language, há
grande demanda por profissionais, de todos os níveis, que dominem o inglês. A importância
de ter essa habilidade cresce
conforme a relevância do cargo.
Segundo ele, um presidente
precisa ter no mínimo 85% de
domínio da língua, um gerente,
entre 60% e 70%, e os demais,
no mínimo 50%.
"Na prática, quando a pessoa
não tem o idioma, como um
executivo que tem que ser formador de opinião, nunca vai
trazer e levar a informação como o dono do capital deseja",
comenta Sardinha.
Em uma empresa, o número
de funcionários que usam o inglês no dia-a-dia profissional
vem crescendo. O último relatório realizado pela GlobalEnglish aponta que, de 2004 a
2007, a porcentagem de empregados que utilizavam o idioma diariamente aumentou
-foi de 44% para 49% entre 10
mil respondentes de 150 empresas globais em cem países.
Dois anos de estudo
A pesquisa da GlobalEnglish
também mostra que 80% das
pessoas afirmam precisar de
até dois anos de estudos para
colocar seu inglês no nível que
acham necessário.
Entre as tendências do ensino, diz Desai, estão customização, uso de instrumentos multimídia e ferramentas que auxiliem o profissional na hora de
desempenhar tarefas usando o
idioma. Um exemplo são programas que oferecem formatos
de e-mails para diferentes situações de uso da língua.
Para Sardinha, há vários modos de aprender inglês, mas é
preciso traçar e cumprir objetivos. Ele diz que nem sempre
trabalhar no exterior aprimora
o domínio do idioma.
"Conviver com quem tem inglês ruim não funciona, pois se
aprende conversando com
quem fala errado", opina.
(AL)
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