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GUERRA NA AMÉRICA
EUA cortam dinheiro dos suspeitos de bancar terror
Taleban promete "guerra vã e sangrenta" se americanos não saírem do golfo Pérsico e do Oriente Médio
O presidente George W. Bush determinou o congelamento de recursos depositados nos EUA em nome de 27 pessoas e
organizações suspeitas de financiar atividades terroristas. Na lista, relata Marcio
Aith, estão Osama bin Laden e a Al Qaeda, rede controlada pelo saudita. Assim
como dividira os países entre os que são
a favor e contra Washington, Bush exortou os bancos estrangeiros a seguir a decisão de ontem. "Quem faz negócios
com terroristas ou os financia, não fará
negócios com os Estados Unidos", disse.
No Afeganistão, o líder supremo do
Taleban elevou o tom das ameaças. "Se a
América quer acabar com o terrorismo,
deve retirar suas forças do golfo Pérsico
e encerrar seu envolvimento no conflito
palestino", afirmou Mohamad Omar.
Do contrário, "será envolvida em uma
guerra vã e sangrenta".
Na mesma linha, em fax divulgado
por emissora de TV do Qatar, Bin Laden
pediu que os paquistaneses, cujo governo apóia a ofensiva americana, impeçam a utilização do país como base de
ataque ao Afeganistão. O Taleban disse
que já são 300 mil os homens reunidos
para lutar. O número é posto em dúvida
por fontes paquistanesas, que estimam
um máximo de 45 mil soldados.
A piora das relações com o Taleban
levou o Paquistão a retirar seus diplomatas de Cabul, capital afegã. A embaixadora dos EUA em Islamabad e o ministro da Economia paquistanês assinaram acordo que abate em US$ 396 milhões a dívida do país, informa o enviado especial Kennedy Alencar.
Na Rússia, o presidente Vladimir Putin anunciou que o país vai abrir seu espaço aéreo a aviões norte-americanos
que levem ajuda humanitária numa
ofensiva militar contra o Afeganistão.
O Vaticano disse que entenderia se os
EUA usassem de força para proteger
seus cidadãos de futuras ameaças, embora prefira solução pacífica para a crise
desencadeada pelos atentados de 11 de
setembro. "Às vezes, é mais prudente
agir do que ficar passivo", afirmou o
porta-voz de João Paulo 2º, Joaquin Navarro-Valls. "Nesse sentido, o papa não
é um pacifista. É preciso lembrar que,
em nome da paz, algumas injustiças
horríveis foram cometidas."
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