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Straw busca no
Irã respaldo a
ação dos EUA
DA REDAÇÃO
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jack
Straw, chegou ontem ao Irã para
tentar obter o apoio do país à chamada coalizão antiterror liderada
pelos EUA. Foi a primeira visita
de um chanceler britânico ao país
desde a Revolução Islâmica, em
1979.
Straw visitou antes a Jordânia,
onde se encontrou com o rei Abdullah e o líder palestino Iasser
Arafat. Ele deveria discutir com o
presidente Mohammad Khatami
e o chanceler Kamal Kharrazi
mais medidas de cooperação por
parte do Irã.
"O objetivo geral das minhas
conversações é fortalecer a coalizão política contra o terror. É preciso montar uma coalizão que reconheça como interesse de todas
as religiões e civilizações ações
que impeçam novos atos desse tipo de terrorismo", disse Straw.
Há relatos -negados por Teerã- de que o ministro britânico
porta uma mensagem de Washington pela ajuda ou ao menos
pela condescendência do Irã num
eventual ataque ao Afeganistão.
O Irã rapidamente condenou os
atentados do dia 11, mas muitos
iranianos da ala conservadora dizem que os EUA querem usar a
crise para aumentar sua influência na região. O Irã afirma que
qualquer ação deve ser conduzida
sob a orientação da ONU. As autoridades temem uma onda de refugiados afegãos ao país.
Além disso, Teerã não deseja
parecer ter dado as costas para os
muçulmanos afegãos -ainda
que desaprove o regime do Taleban, o grupo extremista islâmico
que controla quase todo o Afeganistão. As reações contrárias ao
eventual alinhamento do Irã já
começaram. Ao menos 20 pessoas foram presas ontem por manifestações diante da embaixada
britânica contra a visita de Straw.
Israel
Straw também enfrentou protestos ontem, mas de Israel, por
uma declaração sua divulgada pela embaixada britânica em Teerã:
"Eu compreendo que um dos fatores que ajudam a alimentar o
terrorismo é a raiva que muitos
nessa região sentem pelos acontecimentos na Palestina". Israel disse que a declaração pode servir de
justificativa ou estímulo para
ações terroristas palestinas.
Com agências internacionais
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