da Redação

A cerimônia de segunda-feira será o último acontecimento ligado à Guerra do Ópio, iniciada em 1839.
Ao vencer essa guerra comercial -que começou como uma tentativa chinesa de conter o tráfico de ópio por britânicos-, o Reino Unido assegurou o controle sobre Hong Kong. A droga, produzida na Índia, gerava uma legião de viciados e um rombo nas reservas de prata da China.
Só em 1898 o então decadente império da China conseguiu a garantia de devolução de Hong Kong. Oficialmente, o território ficou arrendado aos britânicos por 99 anos -e a cerimônia de segunda-feira nada mais é do que o fim desse arrendamento. O acordo resistiu à proclamação da República na China (1912) e à ascensão dos comunistas (1949).
A arquitetura da devolução começou a ser desenhada em 1984, quando Londres e Pequim assinaram uma declaração conjunta sobre o tema. Surgia a fórmula "um país, dois sistemas".
Ou seja, o Reino Unido tinha a garantia de que, por 50 anos, Hong Kong manteria o capitalismo e seu governo próprio, numa época em que a Guerra Fria ainda não tinha acabado.



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