São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 2011

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robótica

Robô ganha espaço na graduação

Engenharias e computação têm disciplinas dedicadas à robótica

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Carros guiados à distância e um equipamento que permite ao médico operar o paciente sem tocá-lo têm mais em comum do que se pode pensar inicialmente.
Ambos representam como o desenvolvimento da robótica traz benefícios para o dia a dia nas mais distintas áreas.
Com três laboratórios para a pesquisa e o desenvolvimento de robôs, o ICMC (Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação) da USP São Carlos é exemplo de como a área ganha espaço. O instituto abrigará o primeiro centro de robótica do Brasil.
"Dois dos robôs com que trabalhamos aqui são carros. Isso exige espaço, algo que não temos. O centro resolverá isso, além de reunir todos os pesquisadores e estudantes da área em um mesmo local", explica Denis Wolf, coordenador do Laboratório de Robótica Móvel do ICMC.

DIFERENTES CURSOS
São vários os cursos que têm disciplinas de robótica: das engenharias (computação, elétrica, mecânica, de controle e automação) a ciências da computação.
A escolha depende da área de maior interesse do aluno.
"Para construir um robô, você precisa dar condições para que ele tome decisões. As ciências da computação estudam essa parte inteligente. Já os aspectos mecânicos e elétricos são vistos nas engenharias", explica Wolf.
Aluno do sexto semestre de ciências da computação da USP São Carlos, Gustavo Eboli, 21, participa das atividades do laboratório desde o início do curso.
"Sempre tive afinidade com robótica por ser uma área da computação mais palpável, em que você consegue ver as coisas funcionando fisicamente e não apenas um programa rodando", diz.
O ICMC possui convênios com universidades e centros de pesquisa no exterior. Por ano, entre quatro e cinco alunos de graduação do instituto estudam fora do país.
Na Universidade Federal do ABC, uma das graduações carrega a robótica no nome. "Na engenharia de instrumentação, automação e robótica, o aluno sai preparado para trabalhar no setor produtivo industrial e nos institutos de pesquisa tecnológica", diz Marcos Gesualdi, coordenador do curso.
Para Gesualdi, o mercado na área é promissor porque os novos produtos demandam profissionais cada vez mais especializados.
"A necessidade de eficiência de produção nas instalações industriais exige soluções que envolvem tecnologia bastante intensiva em instrumentação, automação e robótica", destaca.
(LUCCA ROSSI)

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