São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 2011

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nanotecnologia

Área une engenharia e medicina

Aumento de pesquisas em nanotecnologia impulsiona a criação de graduações específicas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Muitos nem sabem bem o que a palavra significa, mas o nome atrativo e a grande propaganda têm aumentado cada vez mais a procura pelo mercado da nanotecnologia.
"Trata-se de uma escala, só isso", explica Naira Maria Balzaretti, professora do bacharelado em física: materiais e nanotecnologia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
"Nano" significa "anão"; é uma unidade de medida equivalente à bilionésima parte do metro. Assim se medem células, átomos e DNA.
A nanotecnologia consegue manipular estruturas dessa dimensão para criar produtos tão díspares quanto cosméticos, comprimidos, chips, pastas de dentes e telas de TV dobráveis.

FORMAÇÃO
Quem pretende trabalhar na área pode buscar graduações específicas em nanotecnologia, como as recém-criadas na PUC-Rio e na UFRJ (Federal do Rio de Janeiro), ou cursar, por exemplo, matemática, física, química, engenharia ou medicina e, depois, se especializar.
Segundo Henrique Toma, 70, professor do Instituto de Química da USP e coordenador do laboratório de nanotecnologia molecular, essa reunião de profissionais de vários ramos ajuda na troca de conhecimentos.
A multidisciplinaridade animou Raissa Leite, 18, estudante do segundo período de engenharia em nanotecnologia da PUC-Rio. "Escolhi a profissão porque envolve várias áreas do conhecimento", conta ela, que ressaltou, ainda, a chance de trabalhar com diferentes profissionais.
O curso, de quatro anos, foi aberto neste ano. Segundo o coordenador, Marco Aurélio Pacheco, 58, nos dois primeiros anos, a formação tem o perfil da engenharia, especializando-se só depois.
Dentre as várias possibilidades de atuação, as áreas energética e ambiental são as que se mostram mais promissoras, principalmente em relação a tratamento de resíduos industriais e soluções para contornar o derramamento de petróleo ou de produtos tóxicos.
De olho nisso, Daniel Grasseschi, 23, que pesquisa nanotecnologia em seu doutorado na USP, dedica-se à pesquisa. Ele não descarta, porém, entrar para o mundo dos negócios, caso tenham aceitação os produtos que está desenvolvendo.
(SÉRGIO MADURO)


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