|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Sem 7, pós ganha mais notas 5 e 6
Nenhum curso da área recebeu o conceito máximo; pouca produção discente é considerada o ponto fraco
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar de não ter programas
com o conceito máximo (sete),
a área de ciências sociais aplicadas viu crescer o número de
instituições que receberam
avaliações cinco e seis, que indicam alto desempenho.
Representantes de área e
professores atribuem a melhora ao empenho em definir linhas de pesquisa mais claras e à
colaboração entre alunos e professores para desenvolverem
estudos complementares.
"Temos grupos de pesquisa e
o trabalho de aluno entra na lógica deles e de sua nucleação
para fortalecer o coletivo", afirma o professor Adilson Citelli,
coordenador do programa de
comunicação da USP.
Integração interna e entre
núcleos de pesquisa é ressaltada pela coordenadora da pós na
FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), Maria
Ângela Pereira Leite.
"A possibilidade de discussões simultâneas em diferentes
linhas e diálogo com pessoas de
outras universidades é interessante para a pesquisa", avalia.
O ponto fraco dessa grande
área -apontado por avaliações
anteriores- é a baixa publicação da produção de alunos.
Áreas como arquitetura, comunicação social e administração, muito ligadas ao mercado
de trabalho, não têm o hábito
acadêmico de divulgação em
periódicos e participação em
congressos das categorias.
"Não há tradição de publicação", concorda Paulo Bernardo
Vaz, coordenador do curso de
comunicação da UFMG (Universidade Federal de Minas
Gerais), nota cinco, a mais alta
atribuída a esse campo.
Mas o trabalho de orientação
e acompanhamento da Capes
surtiu alguns resultados: a
atualização de currículos e a
sistematização de publicação
agora são estimuladas.
A mestranda Flávia da Silva
Miranda, 22, pesquisadora em
comunicação pela UFMG, conta que dentro da faculdade alunos recebem incentivos para
participar de congressos. "Professores estimulam o pensamento crítico, sempre visando
ao aporte teórico", comenta.
De olho no mercado
Também não se pode desprezar a influência do mercado,
que valoriza cada vez mais a pós
"stricto sensu", aponta Renato
Fragelli, coordenador do curso
de economia da FGV-RJ (Fundação Getulio Vargas).
Ainda assim, o número de
doutores titulados anualmente
é reduzido se comparado à
grande expansão universitária
nessas áreas. Segundo Fragelli,
o desnível se deve à diminuta
valorização do doutorado em
empresas. "Em economia, o benefício trazido pelo título de
doutor não supera o custo de
formação para o profissional
que terá de parar sua carreira."
Dada a vocação prática das
disciplinas, o mestrado profissional pode ser um filão.
Denise Barcellos, ex-representante da área de arquitetura, diz acreditar que programas
desse tipo sejam importantes
por aliar a pesquisa a demandas
da sociedade.
(CC)
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Frase Índice
|