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LINGÜÍSTICA, LETRAS E ARTES
Obra de arte conta ponto na avaliação
Análise de produção artística e de livro publicado passa a valer após mudanças nos critérios neste triênio
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Pintou novidade na grande
área de lingüística, letras e artes nesta avaliação trienal: critérios mais adequados permitem valorizar as especificidades de diferentes programas.
Usado para classificar veículos que divulgam a produção
acadêmica, o Qualis de artes e
música ganhou padrão para
qualificar obras de arte. No de
letras e lingüística, livros publicados pelos pesquisadores passam a contar pontos.
"A avaliação de livros publicados é fundamental, é espaço
importante de reflexão", afirma o representante de letras e
lingüística, Benjamin Abdalla.
Com 95 programas, a área de
letras e lingüística tornou-se
uma das maiores do país e tem
crescimento significativo há
dez anos. Instituições com curso bem constituído de graduação em uma área tendem a ter
bons programas de pós.
É o que ocorre com o de lingüística da USP. Com 36 anos, é
um dos mais tradicionais e tem
estreita ligação com a graduação, de onde saem pesquisadores de iniciação científica -e
futuros pós-graduandos.
Beatriz Christino, 32, concluiu seu doutorado em 2007 e
conta que, em sua formação, foi
fundamental participar dos
Encontros dos Alunos de Pós-Graduação em Lingüística.
"Professores de outras áreas
podem ver e comentar nossos
trabalhos", aponta.
A internacionalização -com
intercâmbios e publicação em
periódicos estrangeiros- nem
sempre é fácil em uma área de
humanidades.
Maria Silvia Betti, coordenadora do programa de pós em estudos lingüísticos e literários
em inglês, lembra que, em sua
área, pesquisadores às vezes
concorrem com acadêmicos
que pesquisam no contexto de
origem -como norte-americanos que estudam literatura
norte-americana.
Cursos novos
A pós em artes e música foi
criada há pouco mais de duas
décadas e muitos cursos são recentes, o que fez com que nenhum recebesse conceito sete.
Destacam-se alguns oferecidos
por instituições com tradição
no setor e que foram criados há
mais tempo, como o programa
de música da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande
do Sul), que recebeu nota seis.
"Formamos pesquisadores
que criam centros de pós no
Brasil", conta Luciana Del Ben,
coordenadora do programa.
Também é o caso do programa de artes cênicas da UFBA
(Universidade Federal da Bahia), que, apesar de contar apenas dez anos, é fruto de curso
de graduação criado em 1956.
A qualidade do programa
criou um fato raro: alguns de
seus alunos provêm das regiões
Sul e Sudeste, fazendo caminho
contrário ao habitual.
Também foi beneficiado pela
incorporação da produção artística dos pesquisadores na
avaliação da Capes. Em implementação, o recurso leva em
conta o local em que a obra foi
exposta ou apresentada e o reconhecimento que teve.
(ECL)
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