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Mercado dirigiu preço mínimo
A avaliação tem sido um dos
pontos mais questionados. O valor
estimado da jazida de ouro de Serra Leste (PA), por exemplo, passou de R$ 10 milhões para R$ 240
milhões, ante o protesto de geólogos que consideraram o valor inicial subavaliado em muito.
Outro protesto -do almirante
Henrique Sabóia- provocou uma
diferença de R$ 20 milhões no preço da Docenave, a empresa de navegação do grupo. Ou seja, não teria havido o rigor necessário. Prevaleceu, segundo os críticos do
processo, a lógica dos compradores. Com isso, a Vale acaba custando o que os potenciais compradores concordam em pagar.
Outro questionamento ao preço
fixado para a estatal é que o
BNDES insiste em tratar a Vale como simples produtora de minério
de ferro -um recurso de baixo
preço no mercado internacional e
de futuro duvidoso, em um mundo onde só se fala em novos materiais. O governo não daria importância para o fato de que a Vale do
Rio Doce é um sistema de logística, que vem diversificando suas
fontes de receita.
Há ainda o argumento de que os
direitos minerais da Vale entraram
na avaliação da empresa com preço zero. Só que, sem os direitos, ou
não se faz negócio ou o preço da
empresa cai. Para se ter uma idéia
do que significam os direitos:
mantido o atual ritmo de exploração, as reservas de minério de ferro da Vale duram mais 400 anos.
As decisões sobre a exploração das
jazidas passam para a iniciativa
privada, que terá direitos perpétuos de lavra.
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