São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 2002

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Nova superstição marca desembarque

DOS ENVIADOS A ULSAN

Luiz Felipe Scolari jura que foi coincidência, mas foi justamente em 26 de maio, o dia de Nossa Senhora do Caravaggio, sua santa de devoção, que a seleção desembarcou no país onde iniciará a luta pelo pentacampeonato.
"Não planejávamos [desembarcar na Coréia no dia da santa]. Foi mera coincidência. Quando fomos fazer uma visita a Caravaggio, descobrimos que no dia 26 tem a romaria. Então, é sinal de que alguma coisa está marcada de bom para a gente", afirmou Scolari ao chegar ao aeroporto internacional de Busan, a cerca de 60 km de Ulsan, onde o time nacional ficará concentrado na primeira fase da Copa de 2002.
O técnico gaúcho sempre pede ajuda a sua santa predileta e, com a graça alcançada, viaja até Farroupilha, no interior do Rio Grande do Sul, para ir à igreja de Caravaggio e agradecer.
Foi assim em 1995, quando o Grêmio venceu a Taça Libertadores da América, e em novembro de 2001, após a seleção brasileira ter conquistado a vaga na Copa da Coréia do Sul e do Japão.
Scolari, que anda com uma imagem da santa em seu passaporte, disse que não pediu a conquista do título à santa.
"A gente pede saúde, amizade, carinho, proteção. Só. O resto, a gente tem que fazer", afirmou o treinador do Brasil.
Católico praticante, Scolari costuma ir à igreja sempre nas manhãs dos dias de jogos. Em Ulsan, poderá cumprir o ritual, uma vez que há um templo católico na cidade sul-coreana.
Seu companheiro nas visitas às igrejas costuma ser Flávio Teixeira, o Murtosa, seu fiel escudeiro e auxiliar técnico.
Outro integrante da comissão técnica bastante religioso é o coordenador Antonio Lopes. O ex-delegado de polícia foi protagonista de uma das cenas que mais irritaram a cúpula da CBF durante o calvário das eliminatórias sul-americanas.
Durante a derrota para a Bolívia por 3 a 1, em La Paz, foi filmado segurando um terço e rezando. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, não gostou do que viu e repreendeu Lopes.
O dirigente achou que a imagem do coordenador mostrava que a seleção estava frágil.
Entre os jogadores, Edmílson, Kaká e Lúcio têm feito reuniões e querem conseguir mais adeptos. Atletas de Cristo, já conquistaram um simpatizante, o atacante Denílson, que tem comparecido a alguns dos encontros. (FM E FV)


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