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EXTENSIVO
Assimilação em formato longo é mais fácil
Professores destacam o tempo como ferramenta para consolidar idioma
ANA LUIZA DALTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
E se a sua empresa lhe oferecesse a chance de ter uma
experiência profissional no
exterior? Para aproveitar
tal convite é necessário ter
o idioma na ponta da língua
ou dá para correr atrás em
poucos meses?
"É preciso tempo e prática
para fixar o aprendizado",
responde a professora Angela Corte, do Centro de Línguas da FFLCH-USP (Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas da Universidade de São Paulo).
É impossível percorrer em
três meses o caminho até a
fluência em um idioma.
"Uma criança de 12 anos ainda está consolidando a sua
língua materna. Como podemos querer consolidar outra
língua em três meses, seis
meses?", questiona.
É por isso que vale a pena
se esforçar para aprender
idiomas no modelo extensivo, como são chamados cursos com ao menos três anos
de duração e carga horária
semanal entre duas e quatro
horas, com aula presencial.
"É raro quem tenha paciência para ficar três anos
fazendo um curso de inglês",
constata Carlos Gontow, professor de inglês da Alumni.
"Entendo que existe pressão por parte do mercado,
mas não acredito que seja
possível aprender uma língua tão rapidamente. A pessoa não aprende direito, fica
aquele inglês macarrônico."
EQUILÍBRIO
Mas há quem defenda o
meio-termo: aproveitar os
meses de férias para agilizar
o estudo, cursando um módulo inteiro, e voltar ao esquema extensivo no semestre seguinte é uma saída.
"O adulto que já está no
mercado de trabalho tem
condições de aprender um
idioma mais rápido", afirma
Lizika Goldchleger, gerente
do departamento acadêmico
da Cultura Inglesa.
No Berlitz, é possível fazer
aulas individuais na frequência e no horário desejados.
"Não adianta ter um método
pedagógico bacana se o aluno não consegue frequentar
o curso", diz Virgínia Camargo, gerente da escola no país.
Os especialistas reforçam
também que, independentemente do tipo de curso escolhido, o que vai determinar o
sucesso do aluno em aprender um idioma é, antes de tudo, o seu comprometimento.
"Aprender é um verbo ativo, não pode ser usado na
voz passiva", lembra Carlos
Gontow, que lançou recentemente um blog com ideias
para incrementar o estudo:
dicasingles.wordpress.com.
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