São Paulo, domingo, 27 de junho de 2010

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EXTENSIVO

Assimilação em formato longo é mais fácil

Professores destacam o tempo como ferramenta para consolidar idioma

ANA LUIZA DALTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

E se a sua empresa lhe oferecesse a chance de ter uma experiência profissional no exterior? Para aproveitar tal convite é necessário ter o idioma na ponta da língua ou dá para correr atrás em poucos meses?
"É preciso tempo e prática para fixar o aprendizado", responde a professora Angela Corte, do Centro de Línguas da FFLCH-USP (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo).
É impossível percorrer em três meses o caminho até a fluência em um idioma. "Uma criança de 12 anos ainda está consolidando a sua língua materna. Como podemos querer consolidar outra língua em três meses, seis meses?", questiona.
É por isso que vale a pena se esforçar para aprender idiomas no modelo extensivo, como são chamados cursos com ao menos três anos de duração e carga horária semanal entre duas e quatro horas, com aula presencial.
"É raro quem tenha paciência para ficar três anos fazendo um curso de inglês", constata Carlos Gontow, professor de inglês da Alumni.
"Entendo que existe pressão por parte do mercado, mas não acredito que seja possível aprender uma língua tão rapidamente. A pessoa não aprende direito, fica aquele inglês macarrônico."

EQUILÍBRIO
Mas há quem defenda o meio-termo: aproveitar os meses de férias para agilizar o estudo, cursando um módulo inteiro, e voltar ao esquema extensivo no semestre seguinte é uma saída.
"O adulto que já está no mercado de trabalho tem condições de aprender um idioma mais rápido", afirma Lizika Goldchleger, gerente do departamento acadêmico da Cultura Inglesa.
No Berlitz, é possível fazer aulas individuais na frequência e no horário desejados. "Não adianta ter um método pedagógico bacana se o aluno não consegue frequentar o curso", diz Virgínia Camargo, gerente da escola no país.
Os especialistas reforçam também que, independentemente do tipo de curso escolhido, o que vai determinar o sucesso do aluno em aprender um idioma é, antes de tudo, o seu comprometimento.
"Aprender é um verbo ativo, não pode ser usado na voz passiva", lembra Carlos Gontow, que lançou recentemente um blog com ideias para incrementar o estudo: dicasingles.wordpress.com.


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