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INTERCÂMBIO
Viagem aperfeiçoa compreensão e uso
Aluno com experiência internacional ganha vocabulário e confiança, mas não garante fluência
INTERCÂMBIO
A estudante Carolina Forner, 22, negociou com a empresa em que estagia para fazer intercâmbio de quatro meses na Nova Zelândia; de volta, mudou de área para usar o inglês
ADRIANA ABREU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Aperfeiçoar um idioma,
crescer profissionalmente
e vivenciar a cultura local
são alguns dos objetivos
de quem escolhe fazer um
curso no exterior.
Segundo Luiza Vianna,
gerente de cursos no exterior
e idiomas da CI (Central de
Intercâmbio), é preciso atenção na hora de escolher a modalidade desejada.
"Em três meses de curso, o
estudante não volta falando
fluente. O máximo que ele
pode fazer é aperfeiçoar o sotaque", explica.
Para Daniel Trivellato, diretor da agência de intercâmbio World Study, o ideal é
que os estudantes optem por
períodos mais longos, de no
mínimo seis meses. "Quanto
mais tempo, maior será o
aprendizado da língua", diz.
Embora algumas escolas
aceitem estudantes sem noções básicas da língua, para
os especialistas ouvidos pela
Folha isso não é indicado.
"Mesmo para quem já sabe o idioma, é aconselhado
fazer um curso intensivo antes de se aventurar no exterior", ressalta Trivellato.
MERCADO
Fátima Motta, consultora
de carreira da ESPM (Escola
Superior de Propaganda e
Marketing), diz que aprimorar a língua onde ela é falada
é valorizado pelas empresas.
Para Mariá Giuliese, da
consultoria Lens & Minarelli,
a escolha do intercâmbio deve estar alinhada ao objetivo
profissional. "É preciso avaliar os benefícios e as reais
necessidades", avalia.
Quando o idioma é interessante para a empresa, o contratado pode negociar um período, não remunerado, para
fazer intercâmbio e voltar ao
mesmo emprego.
ALERTA
Se possível, fuja dos períodos de férias. Durante os meses de janeiro, fevereiro, junho e julho, os cursos de idioma têm muitos brasileiros.
Ainda que as agências prometam uma cota máxima de
estudantes da mesma nacionalidade por sala, isso nem
sempre se cumpre.
Em dezembro, a estudante
Raira Cordeiro de Souza, 22,
foi para Paris e teve aulas em
uma classe em que metade
dos alunos eram brasileiros.
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