São Paulo, domingo, 27 de junho de 2010

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INTERCÂMBIO

Viagem aperfeiçoa compreensão e uso

Aluno com experiência internacional ganha vocabulário e confiança, mas não garante fluência

INTERCÂMBIO
A estudante Carolina Forner, 22, negociou com a empresa em que estagia para fazer intercâmbio de quatro meses na Nova Zelândia; de volta, mudou de área para usar o inglês

ADRIANA ABREU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Aperfeiçoar um idioma, crescer profissionalmente e vivenciar a cultura local são alguns dos objetivos de quem escolhe fazer um curso no exterior.
Segundo Luiza Vianna, gerente de cursos no exterior e idiomas da CI (Central de Intercâmbio), é preciso atenção na hora de escolher a modalidade desejada.
"Em três meses de curso, o estudante não volta falando fluente. O máximo que ele pode fazer é aperfeiçoar o sotaque", explica.
Para Daniel Trivellato, diretor da agência de intercâmbio World Study, o ideal é que os estudantes optem por períodos mais longos, de no mínimo seis meses. "Quanto mais tempo, maior será o aprendizado da língua", diz.
Embora algumas escolas aceitem estudantes sem noções básicas da língua, para os especialistas ouvidos pela Folha isso não é indicado.
"Mesmo para quem já sabe o idioma, é aconselhado fazer um curso intensivo antes de se aventurar no exterior", ressalta Trivellato.

MERCADO
Fátima Motta, consultora de carreira da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), diz que aprimorar a língua onde ela é falada é valorizado pelas empresas.
Para Mariá Giuliese, da consultoria Lens & Minarelli, a escolha do intercâmbio deve estar alinhada ao objetivo profissional. "É preciso avaliar os benefícios e as reais necessidades", avalia.
Quando o idioma é interessante para a empresa, o contratado pode negociar um período, não remunerado, para fazer intercâmbio e voltar ao mesmo emprego.

ALERTA
Se possível, fuja dos períodos de férias. Durante os meses de janeiro, fevereiro, junho e julho, os cursos de idioma têm muitos brasileiros.
Ainda que as agências prometam uma cota máxima de estudantes da mesma nacionalidade por sala, isso nem sempre se cumpre.
Em dezembro, a estudante Raira Cordeiro de Souza, 22, foi para Paris e teve aulas em uma classe em que metade dos alunos eram brasileiros.


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