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O dirigente que leva a equipe no grito
Ninguém escapa: CBF, Clube
dos 13, Federação Mineira. No
universo do futebol brasileiro,
poucos são os cartolas que não
perderam o sono por causa de farpas trocadas com Alexandre Kalil,
o homem-forte do Atlético-MG.
O dirigente conduz seu clube ao
Nacional-2003 após mais um racha com o principal nome do esporte no país, Ricardo Teixeira.
Kalil pleiteou um lugar para o
Atlético na Copa Sul-Americana,
após saber que a CBF havia indicado outros times para o certame.
De tanto praguejar, chegou até a
ser impedido de dar entrevistas
pelo STJD (Superior Tribunal de
Justiça Desportiva), mas continua
defendendo suas convicções.
"Tenho o direito de ficar indignado com o modo como as coisas
são feitas. Já me suspenderam e
tentaram me silenciar, mas eu vou
lutar para defender o Atlético",
disse Kalil, hoje presidente do
Conselho Deliberativo do clube.
Às vésperas de disputar mais
um torneio organizado pela CBF,
o dirigente diz estar "tranquilo" e
sem medo de uma represália pelas rusgas que estremeceram ainda mais sua relação com os "poderosos" do futebol do país.
"Já fizeram tudo o que podiam
contra o meu time. Mas, com relação à arbitragem, nunca tive problemas. Achar que serei prejudicado é acreditar em fantasmas, e
não acredito em fantasmas."
A opinião é compartilhada pelo
comandante da equipe, Celso
Roth. Segundo o treinador, as discussões fora dos gramados não
devem surtir efeito prático.
"Acredito no profissionalismo
da CBF e tenho certeza que essa
briga não precisará ser uma preocupação para nós", disse Roth.
As algazarras criadas por Kalil
nos bastidores do mundo da bola
não atingiram apenas Teixeira. O
dirigente, por exemplo, sempre
bateu de frente com a Federação
Mineira para extinguir o Estadual, que, segundo ele, pouco rende aos cofres. "Não crio problemas com pessoas normais. Mas,
como no futebol não existem pessoas normais, dá nisso", explicou.
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