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Rico e poderoso, mas no fim da fila
Fundador do Clube dos 13,
membro dos mais influentes e espécie de primo rico da turma, mas
o único sem um mísero título nacional. Em 2003, o Cruzeiro entra
em campo para consertar uma
grave falha no seu currículo.
Depois do triunfo do Santos no
ano passado, a agremiação mineira, que se gaba de ter conquistado
pelo menos um troféu nas últimas
14 temporadas, permanece como
o único membro do grupo -o
mais influente do futebol nacional- que nunca teve o sabor de
levantar um troféu do Brasileiro.
Foram 32 edições com fracassos
absolutos, como o 33º lugar em
1984, ou falhas nos momentos decisivos, como os vices de 1974,
1975 e 1998. Um dos seis únicos
clubes que jogaram todos os Nacionais, o Cruzeiro leva assim o
recorde na seca de títulos.
"A torcida criou uma expectativa em relação ao Brasileiro muito
maior do que qualquer outra disputa. Quando saio à rua, os torcedores só me cobram um título nacional. É a nossa principal prioridade", disse o presidente Alvimar Perrella, reconhecendo a grave falha no currículo de seu clube.
Dono de um rosário de conquistas internacionais e na Copa
do Brasil, o Cruzeiro tem mais
uma chance no Nacional e conta
com vários trunfos fora de campo. O clube é um dos mais próximos da cúpula da CBF. O irmão
de Alvimar, Zezé, que era presidente do time até o ano passado, é
um dos cartolas mais influentes
na cúpula do Clube dos 13.
Com algum dinheiro no cofre, o
Cruzeiro, que possui uma das melhores estruturas de treinamento
do país, ainda pôde contratar jogadores de bom nível, como o atacante Deivid, e manter Wanderley Luxemburgo, um dos mais caros técnicos do país."O Luxemburgo é especialista nesse tipo de
competição. Procuramos atender
a todos os pedidos dele e, por isso,
acredito que vamos quebrar esse
tabu nesta temporada", afirmou
Alvimar, ainda celebrando a recente conquista do enfraquecido
Campeonato Mineiro.
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