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Orçamento de R$ 5,3 bi é maior que o do Estado de Rondônia
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com R$ 5,3 bilhões, o orçamento do Congresso é quase
duas vezes maior que o de Rondônia, que tem uma população
de 1,3 milhão de habitantes.
Além dos 513 deputados e 81 senadores, são 24.419 funcionários na Câmara e no Senado.
A maior parte do orçamento
serve para manter a estrutura
das duas Casas e pagar os salários dos funcionários, dos aposentados e pensionistas.
Deputados e senadores ganham o mesmo salário: R$
12.847 por mês. Nos EUA, os
parlamentares recebem cerca
de R$ 30 mil, mas não têm os
benefícios dos brasileiros.
Com a junção de salários e
benefícios, um deputado custa
mensalmente cerca de R$ 100
mil. O gasto de um senador
também fica perto disso. A diferença é que não recebem R$ 50
mil como "verba de gabinete".
A verba de gabinete destina-se ao pagamento de funcionários contratados pelo parlamentar. É o deputado que define o valor do salário que cada
um irá receber. Ele pode contratar até 20 assessores, desde
que não ultrapasse R$ 50 mil.
No Senado, não existe verba
de gabinete porque os funcionários são contratados diretamente pela Casa. Cada senador
pode ter à sua disposição 19
funcionários -11 comissionados e 8 concursados.
Senadores e deputados recebem R$ 15 mil para manutenção de escritórios nos Estados.
O uso do dinheiro tem de ser
comprovado com notas.
Outro benefício é o auxílio-moradia, de R$ 3.000 mensais.
Mas só recebem o dinheiro os
parlamentares que não usam
apartamentos funcionais de
propriedade do Congresso.
A Câmara tem 432 apartamentos, dos quais 217 não estão
sendo utilizados. Alguns deles
encontram-se abandonados. O
deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ) morava sozinho em um prédio.
O Senado tem 72 apartamentos, mais bem conservados que
os da Câmara. Outro privilégio
dos senadores é o direito a um
Vectra para uso em Brasília. O
combustível é pago pelos cofres
públicos, dentro de um limite
diário de 25 litros.
Para voar da capital do país
para os Estados, deputados podem gastar entre R$ 4.147 a R$
15.695 ao mês, dependendo do
Estado. Os senadores têm quatro passagens para a capital do
Estado ao qual pertencem.
O cientista político Ricardo
Caldas, da Universidade Brasília, defende a discussão sobre
os gastos do Congresso. "O importante é avaliar a qualidade
do desempenho", afirmou. "Na
Costa Rica, cada deputado tem
só dois assessores. Na Inglaterra gasta-se mais que no Brasil,
mas a produção é maior também", disse Caldas.
(ADRIANO CEOLIN)
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