Grande variedade de jogos e de acessórios é o fator que mais determina a predileção

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Questionados sobre o brinquedo favorito entre todos os que já ganharam, os meninos cravaram que era o videogame (34%). As meninas, ainda mais convictas, elegeram uma de suas bonecas (41%). Esse resultado também faz parte do estudo realizado pela Folha em colégios paulistanos.
Entre os videogames, a luta é acirrada e termina em empate entre o PlayStation 2 e o Game Boy -cada um deles ganha 22% da preferência dos meninos. Para eles, os dois são interessantes porque têm grande variedade de jogos.
Na disputa entre as bonecas pela preferência das meninas, a Polly teve leve vantagem sobre a Barbie (21% contra 20%). Ambas são consideradas atraentes pela grande quantidade de acessórios que têm.
"O sucesso da Barbie, segundo alguns pesquisadores, deve-se ao fato de os fabricantes realizarem contínuas mudanças no produto", aponta Maria Angela Barbato Carneiro, professora da faculdade de educação da PUC-SP. "O mesmo vem acontecendo com a Polly."
O estudo também revela que, entre os meninos, 71% consideram-se satisfeitos com todos os brinquedos que têm, e 29% afirmam não gostar de pelo menos um. Para as meninas, essa satisfação é maior (74% contra 26%). Na outra ponta, bonecos (30%) e bonecas (44%) foram os eleitos pelas crianças como os brinquedos de que eles não gostam.
Isso acontece especialmente com as que têm de 9 a 12 anos, que consideram bonecos infantis e desapropriados para a sua faixa etária. Entre os meninos, 16% elegeram o Max Steel, e a Barbie (25%) foi a mais citada pelas meninas.
"O fato de crianças afirmarem ter brinquedos de que não gostam pode estar associado ao apelo incessante ao consumo. Uma vez adquirido o objeto, percebe-se que ele não era aquilo que se esperava", avalia Barbato Carneiro. (MI E MP)


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