São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 2006

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AUDIÓFILOS

Caixas embalam trilha de filme e festa

Com reforços, som na sala ganha alta fidelidade

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O telão nem sempre é o ator principal do "home theater". As caixas de alta fidelidade também ressoam as músicas favoritas e embalam a pista de dança quando o filme sai de cena.
Os bons sistemas de áudio variam desde o "hi-fi", menos sofisticado, até o "high-end", com a maior fidelidade possível. Um sistema topo de linha custa, no mínimo, R$ 60 mil.
Com um "receiver", dá para comandar um "hi-fi". Já a dupla processador e amplificador é o que caracteriza um "high-end".
"O processador recebe os sinais digitais e passa o áudio para o formato analógico", descreve Ricardo Onório, engenheiro responsável por projetos e consultoria da Cleamax (www.cleamax.com.br), empresa que projeta "home theaters". O papel do amplificador é aumentar o poder do sinal que ele recebe das fontes.
Para o "home theater", o esquema básico é o 5.1, que traz a impressão de realismo ao filme, pois o som acompanha movimento de pessoas e objetos.
São cinco caixas acústicas e um "subwoofer". As duas caixas frontais são colocadas ao lado da tela, e as duas traseiras, atrás dos espectadores. A central, que emite as conversas dos personagens, vai sob a tela.
O "subwoofer", que toca os sons graves, é imprescindível e pode ficar em qualquer lugar do ambiente -até debaixo do sofá. "Sem ele, não há emoção. Os sons graves estão ligados à percepção de risco", explica Walter Duran, diretor de tecnologia da Philips.
Para aumentar o efeito "surround", de envolvimento, incluem-se uma ou duas caixas traseiras, transformando o sistema em 6.1 ou 7.1.
Os audiófilos, porém, preferem som estéreo -somente dois canais, ou duas caixas. Mas Duran defende mais caixas. "Para ouvir uma orquestra, é preciso ter áudios separados para trompete e violino. Se é rock, tem de ter a platéia separada do áudio da banda. É importante ter os seis canais."

Fidelidade
As caixas acústicas são um capítulo à parte. Segundo Onório, as melhores são as de madeira, em formato torre (de chão) ou "bookshelf" (de prateleira). "A fidelidade é muito maior. A madeira vibra menos."
Para comparar as potências do equipamentos -é por causa delas que muda o volume a que os aparelhos conseguem chegar-, é preciso tomar cuidado com a maneira como elas foram medidas. A PMPO (Peak Music Power Output), comumente encontrada nas especificações, mede os picos do áudio, freqüências que não são percebidas pelo ouvido humano.
"A mais confiável é a potência RMS [Root Mean Square], que define a potência média em situação normal", diz Carlos Werner, gerente de marketing de produto da Samsung.
Outro cuidado indispensável é adotar um condicionador de energia elétrica. Ele evita que alguns equipamentos, quando ligados, causem interferências no som e na imagem. Outros itens importantes são cabos de conexão e condutores dos sinais, fundamentais para o bom desempenho do sistema. (MI)


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